O interesse foi manifestado pelas duas companhias ao Bank of America Merrill Lynch, assessor financeiro da Oi, e divulgada na última terça-feira, dia 10. Se concretizado, cada uma das partes vai receber uma parcela do referido negócio.
Já a Oi também enviou um comunicado explicando que o recebimento dessas indicações confirmam que há um interesse do mercado em suas operações, mas ressalta que ainda não há um compromisso da operadora em realizar qualquer transação, e que segue analisando todas as alternativas para sair das dívidas. Vale lembrar que a negociação não inclui os serviços de telefonia fixa, banda larga e TV.
Dívidas da Oi
A Oi está em recuperação judicial desde 2016 e hoje está com dívidas em torno de R$ 65,4 bilhões. Em janeiro, a companhia vendeu suas ações da operadora africana Africatel para a petrolífera Sonangol por US$ 1 bilhão.
Já em julho do ano passado, a empresa divulgou planos de arrecadar R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos não essenciais, incluindo os 25% de ações na angolana Unitel, além da venda de torres, centrais de processamento de dados e imóveis.
Vale dizer que o edital do leilão do 5G já considera um cenário de apenas três grandes operadoras na telefonia móvel. Segundo a Folha de São Paulo, caso a empresa de telefonia seja comprada antes do certame, técnicos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações defendem que será necessária uma nova divisão sobre as frequências já definidas. Os conselheiros da Anatel dizem que se a companhia telefônica realmente for vendida, o excedente relacionado às frequências poderá ser vendido em uma segunda rodada do leilão do 5G.
Em fevereiro, a Oi pediu na justiça para que prorroguem o prazo de sua recuperação judicial, viabilizando um negócio que promete salvar a companhia das dívidas. Caso o juíz conceda a prorrogação, abrirá caminho para interessados apresentarem suas propostas de compra aos credores da companhia telefônica.
Fontes: InfoMoney, G1 e Folha de São Paulo