A perda reforçou um momento de forte contestação sobre a estratégia do grupo liderado por Masayoshi Son. Muitas empresas que fazem parte do Vision Fund, fundo de investimento criado pelo grupo SoftBank para financiar diversos projetos de startups, têm dado prejuízos ao fundo em curto prazo. Mês passado, o grupo SoftBank foi forçado a gastar mais de US$ 10 bilhões para salvar a startup WeWork, após uma fracassada abertura de capital da empresa, ação que quase a levou a falência. Em suma, os prejuízos do conglomerado somam montantes de US$ 6,5 bilhões no trimestre.
O Vision Fund do grupo SoftBank
Em setembro deste ano, o grupo passou a investir bastante na América Latina, como em bancos como o Inter SA, no Brasil. O Vision Fund investiu US$ 70 bilhões em 88 empresas até o final do mês de setembro. Todas essas empresas juntas valem US$ 18 bilhões, segundo o conglomerado. E é nesse ponto que os problemas do grupo começaram a aparecer. Mesmo que o valor seja estimado, como o exemplo do WeWork, pode existir uma distância entre a teoria e a prática financeira, quando se trata de startups de tecnologia com políticas agressivas de mercado, como são as investidas pelo Sofbank. Desde setembro, especialistas vêm alertando sobre o tamanho e quantidade de investimentos que o grupo tem feito. A preocupação é de que o SoftBank esteja inflacionando os preços em um mercado pequeno, gerando uma falsa impressão de que o grupo está investindo em empresas que não dão lucro. No entanto, este fato já foi esclarecido e o objetivo de Son, com o grupo, é que sejam feitos investimentos para os próximos 300 anos. Ainda com prejuízos, o grupo visa o futuro, sendo que muitas empresas estão dando retorno positivo, como o time de baseball japonês chamado Fukuoka SoftBank Hawks, que conquistou o tricampeonato pela liga japonesa. Fonte: The New York Times