O jogo sofreu com alguns atrasos e de fato a campanha, que é o foco do review, só foi lançada no dia 8 de dezembro. Mas, quando ninguém esperava, a 343 Industries, que desenvolve o jogo, e a Microsoft lançaram o multiplayer do game completamente Free-to-Play em todas as plataformas suportadas.Eu tive a oportunidade de jogar 18 horas da campanha de Halo Infinite, chegando até o fim da história e explorando side-quests do mundo aberto de Zeta Halo. Então, sem mais delongas, vamos entrar na análise dessa nova aventura de John, ou melhor, Master Chief. 

Qual a história de Halo Infinite? 

Se você é fã de Halo, sabe que essa franquia não tem nada de simples. São 6 jogos da saga principal, 6 spin-offs, livros e até uma série live action em produção para ser lançada no Paramount+.  Então, fica bem claro que essa história está longe de ser simples. Porém, por incrível que pareça, não existe um momento melhor para começar a explorar o universo dos games de Halo.O motivo principal é que a campanha de Halo Infinite foi desenvolvida como uma espécie de reboot espiritual na franquia. Isso porque, com o mar de críticas à campanha de Halo 5, a 343 Industries escolheu voltar às origens — e posso adiantar que foi um gigante acerto.  O jogo começa logo após o final de Halo 5, com uma cutscene de Master Chief sendo jogado à deriva no espaço para sua inevitável morte. O vilão até então é Atriox, líder dos Banidos – raça alienígena – que buscam dominar um anel de Halo para exterminar a humanidade da galáxia.  Depois do que seriam meses à deriva e a inevitável derrota dos humanos, um piloto, que vamos chamar de Echo-216, resgata o Master Chief nos destroços da nave Infinity e reativa sua armadura, que entrou em modo de sobrevivência, mantendo Chief vivo.  Com isso, descobrimos que no período que Chief esteve apagado, Zeta Halo, anel que os Banidos dominaram, havia sido seriamente danificado e Atriox estava morto. A sua primeira missão, que encerra a introdução da história, é resgatar uma inteligência artificial chamada ARMA. Ela havia sido criada para ajudar com o processo de exclusão de Cortana, que no último jogo havia se tornado uma das vilãs.  ARMA é uma I.A criada para estudar Zeta Halo e se infiltrar no código dos Banidos, por isso ela se torna sua fiel parceira durante toda a campanha.  Assim, você e seu novo parceiro Echo 216 começam a jornada para vencer os Banidos, explorando Zeta Halo e derrotando aos poucos os Banidos e descobrindo os segredos do que aconteceu com Atriox e, principalmente, com Cortana.  Tudo isso são, no máximo, as primeiras horas da campanha de Halo Infinite. O jogo tem muitas reviravoltas e faz com que você se importe com ARMA e Echo 216 cada vez mais. Outro personagem que ganha um pouco mais de humanidade é justamente Master Chief.  Além das piadas e momentos engraçados de equipe entre Arma e Echo 216, Chief também ganha um pouco mais de profundidade e espaço, se tornando um personagem muito mais interessante — uma mudança muito grata e bem-vinda.  Mas apesar de Echo 216 ter salvado Chief, duas relações são o foco da trama — além de salvar o universo, é claro. A relação passada de Cortana e Chief, assim como a nova relação com ARMA, são focos e recebem um tratamento especial, ganhando profundidade e um final épico e emocionante.  O jogo termina com um gancho para uma sequência e até uma cena pós-créditos. 

Jogabilidade 

Como dito, esse é um jogo que é em mundo aberto, o que difere um pouco do que estamos acostumados na franquia, mas assim como as principais novidades, são mudanças que não sabíamos que precisávamos. Halo Infinite tem suas primeiras horas como uma grande contextualização da história e após esse início mais tradicional, com combate em uma nave, você é apresentado ao belo mundo aberto de Zeta Halo. É claro que em jogo completamente open world, você espera que tudo perca um pouco de linearidade, porém, o gameplay pode ser abordado das duas maneiras ainda.  Além do começo 100% linear, você pode, como de costume, apenas seguir as missões da história principal e elas são muito evidentes, sem te forçar a seguir uma side-quest indesejada.  Eu mesmo não sou muito fã de experiências open world, mas Halo Infinite criou um mapa vasto de beleza, conteúdo e divertido de se movimentar, que mesmo com mecânica de viagem rápida, eu fiz questão de utilizar os veículos e gadgets disponíveis.  As missões principais são bem simples e tradicionais, você normalmente enfrenta alienígenas e em algumas fases enfrenta Boss Fights. Os chefões não são tão marcantes e, na maioria das vezes, eles não te dão muitos motivos pra você querer enfrentá-los antes da boss fight acontecer. Por outro lado, as side quests são um ponto muito bem adicionado. Por mais que eu não seja um complecionista, explorar o mundo salvando soldados humanos de acampamentos dos Banidos e dominar um posto de controle avançado é bem divertido vez ou outra ao atravessar de uma missão para a próxima.  Além do mundo aberto, você tem a famosa jogabilidade de Halo presente, com algumas novidades. A principal delas é um gancho, que você atira em paredes, ou inimigos, para se movimentar.  O gancho é um dos principais itens do jogo que, sem ele, se tornaria extremamente cansativo. Lembra que eu disse que não usei a viagem rápida? Além da grande variedade de veículos humanos e dos Banidos, usar o gancho para se movimentar rapidamente e escalar montanhas é extremamente prático e divertido Vale destacar que a customização e possibilidade de abordagens diferentes na jogabilidade de Halo Infinite é gigante — ou seria infinita? Durante sua exploração em Zeta Halo, você pode encontrar Núcleos de Spartan, utilizados para aprimorar os equipamentos e gadgets utilitários de Master Chief, como o próprio gancho.  Com esse tipo de customização, você deixa a jogabilidade se adequar da melhor forma ao seu estilo de jogo. Além disso, o jogo tem um arsenal completo, com pistolas, shotguns, rifles de assalto, rifles de precisão e mais.  Assim, você tem controle da sua exploração no mundo aberto e como você deseja prosseguir na história e na construção do seu loadout. O jogo acertou em cheio na forma que você sente as armas e a movimentação, assim como todos os gadgets disponíveis são extremamente úteis ao ponto que você quer aprimorar todos.

Desempenho

Halo Infinite é um jogo de nova geração que, ainda bem, teve alguns atrasos no lançamento. Ficou bem evidente pela pequena quantidade de bugs e glitches que o jogo foi lançado extremamente otimizado.  Eu joguei no PC com uma RTX 3060, com tudo no máximo em 1440p. Mesmo assim, fora do alvo de desempenho dessa placa de vídeo, eu não pude notar nenhuma queda de frames e meu contador ficava constantemente entre 72 e 59 fps.Por ser uma experiência muito cinemática em alguns momentos, eu optei pelos gráficos no máximo, mas com toda certeza voltarei ao médio para o Multiplayer, focando em atingir 90 fps.

Vale a pena? 

Absolutamente sim. Halo Infinite tem uma das melhores campanhas que joguei nesse ano, um mundo vasto para ser explorado com gráficos muito bonitos e é extremamente otimizado. A franquia recebeu de volta uma história concisa e que coloca as aventuras de Master Chief de volta aos trilhos, sendo com toda certeza o reboot espiritual que os devs buscavam.Mas um dos pontos que torna esse jogo ainda mais necessário, é o valor. Ele custa 250 reais, mas por ser o novo exclusivo da Microsoft, ele foi lançado diretamente dentro do Xbox Game Pass.  É isso mesmo, você pode usar a sua assinatura do Game Pass e jogar Halo Infinite livremente. Vale ressaltar que esse é um ótimo ponto de entrada na franquia e, se você gostar, a biblioteca do serviço de games da Microsoft ainda conta com todos os outros jogos da saga.Halo Infinite foi lançado no dia 8 de dezembro como exclusivo da Microsoft para Xbox Series, Xbox One e também para PC. Além do multiplayer free-to-play, fãs podem esperar uma campanha co-op para o ano que vem.

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