EctoLife, o útero artificial
Chamado de EctoLife, o conceito é uma criação de Hashem Al-Ghaili, um biotecnólogo e comunicador científico nascido no Iêmen, um país árabe. Sua invenção compreende 75 laboratórios separados, cada um acomodando até 400 “cápsulas de crescimento” — os úteros artificiais –, que reproduzem as condições de um útero humano. Al-Ghaili afirma que um único prédio pode incubar 30.000 bebês por ano. Após a inserção na cápsula, o embrião é monitorado por sensores que rastreiam sinais vitais, características físicas e pedidos de ajuda. Todo o progresso do desenvolvimento é enviado diretamente para os telefones dos pais. Eles também podem usar o aplicativo de smartphone para visualizar imagens de alta resolução do seu filho, falar com ele através dos alto-falantes internos da cápsula ou vestir uma espécie de colete tátil para sentir seus chutes. Outra característica atende à uma parcela de clientes que são um pouco mais específicos com essa demanda: pessoas que preferem ser um feto a que ter um. Além de conseguir reproduzir a concepção de um embrião, o local ainda proporcionará a experiência de ser um feto àqueles que gostariam de entender como funciona a engenhoca ou só querem ter um momento como feto mesmo. E por se tratar de um conceito de simulação de um útero humano, é necessário que qualquer função que ele tenha, deve ser igualmente reproduzido. Por exemplo, todas as necessidades de alimentação e excreção do embrião são gerenciadas por dois biorreatores: enquanto um bombeia nutrientes e oxigênio para um cordão umbilical artificial, o segundo ingere os resíduos. Para garantir que a cápsula esteja contribuindo para a sustentabilidade, a descarga é então reciclada em um novo lote de alimento. Sim, a ideia aqui é transformar os excrementos em alimentação, e pelo o que tudo indica, em prol desse outro assunto que não fica em preocupação exclusiva da Europa mas sim de todo o mundo — a preservação do meio ambiente. Quando o bebê estiver completamente disponível para ser retirado da cápsula, tudo o que será necessário fazer é apertar um botão. Em seguida, basta remover o bebê da cápsula e aproveitar o trabalho que a EctoLife proporcionou. Naturalmente, o sistema também incorpora inteligência artificial, energia renovável, dentre outros aspectos do mundo atual. Os clientes que compram o “pacote de elite” podem modificar geneticamente seu embrião antes da implantação. Graças ao sistema CRISPR-Cas 9, eles podem personalizar a altura, a inteligência e até o tom de pele de seus filhos — imagine só, o que poderia dar errado com toda essa customização do seu filho, hein? Apesar de tudo parecer algo bem distante, muitas pessoas estão envolvidas no projeto e tentando tornar este plano uma realidade o quanto antes.
Elon Musk e outros ricos de olho
Aumentar a taxa de natalidade também está dentro dos inúmeros projetos de Elon Musk. Há quem diga que essa preocupação não é legítima, tratando-se de uma previsão de que possivelmente não haverão trabalhadores o suficiente para fazer o sonho do bilionário de explorar Marte uma realidade — o que pode ser uma verdade bem dita. Em janeiro de 2022 Elon Musk tweetou “nós deveríamos estar mais preocupados com o colapso da população“, se referindo a uma possível baixa taxa de natalidade, mas sem falar especificamente de qual região. Em seguida alguns interessados em ter mão de obra específica também comentaram, como Sahil Lavingia, CEO da Gumroad, uma e-commerce, falando o seguinte: “Deveríamos estar investindo em tecnologia que torna ter filhos muito mais rápido/fácil/barato/acessível. Úteros sintéticos, etc“. Outro magnata da tecnologia Vitalik Buterin, o fundador da Ethereum — moeda virtual, como o bitcoin — comentou: “As disparidades no sucesso econômico entre homens e mulheres são muito maiores quando casamento + filhos entram em cena. Úteros sintéticos removeriam o alto peso da gravidez, reduzindo significativamente a desigualdade.” E você, o que achou dessa ideia? Será que essa visão utópica pode virar realidade? Diz pra gente nos comentários! Veja também: O que é a Síndrome da Pessoa Rígida, doença de Celine Dion. Fonte: The Next Web e Design Boom.