O uso na prática ainda não está claro, mas a ferramenta existe e agora depende dos profissionais de criação quando o lançamento público for realizado. Confira mais informações agora mesmo.
Point-E cria aglomerado de pontos em modelos 3D
Com o apoio de uma GPU NVIDIA V100, a nova inteligência artificial da OpenAI (mesma criadora da DALL-E e ChatGPT) trabalha da mesma forma que “suas parentes”: basta que o usuário digite um comando em texto para receber o projeto. Talvez o maior ponto negativo é que como em seu primeiro estágio, a Point-E ainda não consegue criar modelos sólidos, mas sim um conjunto de pontos que conseguem se unificar para representar uma forma 3D. O nome pode explicado: o Point é relacionado aos pontos agrupados e o “E” fala sobre a eficiência, pois segundo a OpenAI, a inteligência artificial é mais rápida dos que as ferramentas atualmente utilizadas para a criação de objetos 3D. É importante lembrar que nuvens de pontos são mais fáceis de sintetizar, mas não capturam a forma final ou textura de um objeto. Tudo é apenas um aglomerado de pontos que pode ser visto em 3D. Uma forma de contornar este problema é outra ferramenta da Point-E, que consegue converter os conjuntos de pontos em malhas de polígonos. Como está em seu primeiro estágio de desenvolvimento, os profissionais perceberam que mesmo com esta adaptação, os projetos ainda podem ter certas partes perdidas, resultando em formas irregulares.
Modelos duplos para a criação de um projeto
De acordo com o artigo de seu novo projeto, a OpenAI utiliza dois modelos para fazer a entrega do que foi solicitado pelo usuário. O primeiro deles é sobre a conversão e compreensão de texto, semelhantes ao do DALL-E 2 e Stable Difusion, e consegue entender os comandos digitado e conceitos visuais. O segundo, focado na modelagem 3D, foi treinado com um conjunto de imagens emparelhadas com objetos 3D para que aprendesse a traduzir efetivamente entre os dois. O funcionamento na prática acontece desta forma: quando recebe um comando de texto, o modelo de leitura de texto gera um objeto sintético renderizado que, em seguida, é enviado para a ferramenta de modelagem 3D, para que a criação da nuvem de pontos seja feita. Os próprios desenvolvedores afirmam que a Point-E não é perfeita e em alguns dos testes, a IA falhou em compreender alguns comandos de texto e criação do projeto, o que não permite a entrega dentro do esperado pelo usuário. Mas os desenvolvedores ressaltam que ela pode acelerar o processo de desenvolvimento.
Onde a IA pode ser utilizada?
Pode ser cedo para citar usos para a Point-E, mas a OpenAI exemplificou que os projetos de nuvens de pontos podem ser utilizados na fabricação de produtos 3D, com os devidos ajustes realizados. Outro fator interessante, quando a IA estiver mais aprimorada, é na criação de jogos e animações. Ainda não é possível usar a inteligência artificial na prática e por agora, os desenvolvedores apenas anunciaram que ela existe. Importante lembrar que a Point-E não é a primeira IA que transforma texto em modelos 3D. O Google lançou uma versão renovada do Dream Fields, que levou o nome de DreamFusion e não requer treinamento prévio, gerando representações 3D de objetos sem dados 3D. Muitas empresas de arquitetura utilizam objetos 3D para apresentação de projetos e além de filmes e séries para a TV e cinema, o crescimento de ferramentas de inteligência artificial neste campo pode ser um fenômeno interessante. Um dos grandes problemas que podem acontecer é em questão de direitos autorais, uma vez que a inteligência artificial pode se basear em projetos já existentes para entregar o que foi pedido. Mas pelo menos por agora, este é um problema que será resolvido em um segundo momento, já que a OpenAI não mencionou nada a respeito de direitos autorais. Nos resta ver os próximos capítulos. O que você achou da Point-E? Diga pra gente nos comentários! Veja também Conhece a IA que conversa? Entenda o fenômeno ChatGPT Com informações: TechCrunch l OpenAI l InSmartz