O estudo já havia sido realizado em animais. Contudo, o método era inviável em seres humanos pois nossos órgãos são rígidos em virtude do acúmulo de moléculas insolúveis. Além disso, os órgãos humanos contém colágeno nos tecidos, cuja quantidade aumenta com o passar dos anos.
Como os órgãos humanos ficam transparentes
Os pesquisadores explicam que, após exaustivos testes, eles conseguiram desenvolver um detergente, batizado de “CHAPS”, diferente do que é usado em camundongos e capaz de deixar os órgãos transparentes. Esse novo detergente é aplicado através de pequenos furos no tecido, em que o líquido penetra nos órgãos como coração, rins, pâncreas e até olhos, deixando-os transparentes. É claro que a visualização desses órgãos ainda pode ser prejudicada. Pensando nisso, eles criaram o Ultramicroscope Blaze. Trata-se de um microscópio de varredura a laser que permite ver o órgão por completo. Feito isso, os estudantes também desenvolveram algoritmos de aprendizagem profunda (deep learning, em inglês) para que pudessem verificar várias células em 3D. A inovação recebeu o nome de Shanel (Small-micelle-mediated Human orgAN Efficient clearing and Labeling) ou “Limpeza e rotulagem eficiente de órgãos humanos mediado por pequenas micelas”, em português. Com o resultado satisfatório, Dr. Ali Ertürk e sua equipe esperam que, no futuro, a tecnologia sirva para imprimir órgãos em 3D para serem transplantados. Fontes: Futurism; Phys.