Tanto a RTX 3050 quanto sua irmã maior, a 3050 TI, são baseadas no arquitetura Ampere, com o chip GA107 e fabricação de 8 nanômetros. Além disso, ambos os modelos contam com 4GB de memória VRAM GDDR6 e interface de 128-bit. Isso pode significar um problema caso você pretenda se aventurar em jogos com resoluções maiores que o Full HD. Porém, as placas com terminação 50 da NVIDIA são conhecidas por serem as mais básicas de toda geração, portanto foram desenvolvidas para aguentar o tranco em 1080p a 60 quadros por segundo. Analisando a RTX 3050 separadamente, o projeto conta com 2048 Núcleos CUDA, clock base de 1545 MHz e boost para até 1740 MHz. Há ainda 64 núcleos tensores e 16 núcleos dedicados ao Ray Tracing. Já a RTX 3050 TI possui 2560 núcleos CUDA, clock base de 1222 MHz e boost de 1485 MHz, 80 núcleos tensores e 20 núcleos para Ray Tracing. A grande novidade da vez é, de fato, a implementação do Ray Tracing nessa categoria de placas. Anteriormente a placa mais básica a suportar o recurso era a RTX 2060. O RT, de forma simples, é uma técnica utilizada por Hollywood há anos para deixar o efeito de iluminação ainda mais realista nas cenas. Em games, essa tecnologia também existia, mas sempre foi muito difícil fazê-la funcionar devido à alta carga de processamento exigida. Felizmente, a NVIDIA conseguiu trazer o Ray Tracing para suas placas graças à implementação dos Tensor Cores e RT Cores no corpo das placas, tecnologia que melhora a resposta da Inteligência Artificial. Em uma explicação mais prática, os jogos já continham reflexos de uma janela numa poça d’água, por exemplo, porém, esse reflexo era criado pelos desenvolvedores para aparecer para o jogador apenas quando ele olhasse de determinado ângulo para a imagem. O Ray Tracing imagina de onde vem aquela fonte de luz através do processamento físico e de IA, permitindo que a poça reflita qualquer superfície de qualquer ângulo. Porém, se estamos falando de um efeito tão pesado, como ele roda tão bem nas placas do lado verde? A resposta é o DLSS, um inovador recurso criado pela NVIDIA no passado e que chegou na versão 2.0, entregando muito desempenho em games. Diferentemente do RT, que funciona também em placas da AMD, o DLSS é compatível apenas com placas da NVIDIA. Também conhecido como Deep Learning Super Sampling, o recurso utiliza Inteligência Artificial e Machine Learning para renderizar imagens em alta resolução e aprimorar o desempenho em jogos. Em termos práticos, o DLSS pega uma resolução nativa em Full HD (1920 x 1080) e renderiza os quadros em uma resolução menor, como HD (1280 x 720). Graças à IA, o recurso redimensiona a escala e resolução de imagem e preenche os pixels restantes devido ao processamento com inteligência artificial, reduzindo a carga sobre a placa de vídeo. Para ser sincero, talvez o grande ponto alto das RTX 3050 e RTX 3050 Ti seja realmente o DLSS, pois a tecnologia ajudará o jogadores a conseguirem maiores taxas de quadros mesmo não ativando o Ray Tracing. Em outras palavras o recurso aumentará os quadros de uma placa, a qual seu desempenho já não é o mais potente e irá beneficiar games do cenário competitivo, como Fortnite e Call of Duty: Warzone. Além de recursos como DLSS e RT, a NVIDIA anunciou “a nova geração” dos notebooks NVIDIA Studio, focado para criadores de conteúdo ou editores exigentes. Os modelos chegam com abordagem Max-Q, que deixa o visual dos notebooks mais finos e compactos, mas sem abrir mão da performance aliada a um baixo consumo de energia, e consequentemente aparelhos com menos aquecimento. Os modelos também chegam com o NVIDIA Broadcast, que é uma espécie de interface de estúdio para quem grava vídeos ou faz livestreams. Com o software podemos remover sons indesejados do microfone, colocar fundos dinâmicos da webcam, efeitos visuais, remover eco, etc. De acordo com a NVIDIA, mais de 140 modelos de notebooks virão equipados com as RTX 3050 e RTX 3050 TI, porém ainda não sabemos exatamente quais são exatamente. No Brasil é esperado que marcas como Samsung, Dell, Lenovo, ASUS, entre outras revelem seus planos no futuro. No entanto, o preço desses portáteis começa em US$ 799 (R$ 4.192 em conversão direta, sem impostos). Na verdade, há alguns dias a Samsung já tinha anunciado os novos Galaxy Books, e dentro os anúncios o Galaxy Book Odyssey era o notebook gamer da linha, equipado justamente com uma RTX 3050 ou RTX 3050 Ti, processador Intel Core de 11ª Geração Rocket Lake e até 32 GB de memória RAM. A Dell também anunciou hoje o lançamento dos novos XPS 15 e XPS 17 com GPUs GeForce RTX 3050 e RTX 3050 Ti, que também chegam ao mercado com os novos processadores Intel Core de 11ª geração, podendo ser equipados desde o i5 até o poderoso i9-11900H. Além disso, podem ser equipados com até 64GB de memória RAM e até 4 TB de armazenamento em SSD PCIe. Os preços começam em US$ 1.199 para o XPS 15 e US$1.449 para o XPS 17 — convertidos pela cotação atual do dólar em R$ 6.261 e R$ 7.566, respectivamente, sem impostos. Outro lançamento voltado para gamers é o Lenovo Legion 5i Pro. Podendo ser equipado com os novos processadores Intel Core i7 de 11ª geração, o laptop vem equipado com a GeForce RTX 3050 e tela com formato 16:10. Com memória RAM de até 32 GB e armazenamento SSD de até 2TB, o Lenovo Legion 5i Pro tem preço inicial de US$ 1.329 — equivalente a R$ 6.939 sem impostos.
Especificações técnicas
Fontes: NVIDIA, VideoCardZ, GSMARENA