Foram entrevistados colaboradores de empresas da área da saúde, educação, varejo, telecom, seguros, segurança e fintechs. O estudo foi realizado por entrevistas telefônicas, entre os dias 1-25 de fevereiro de 2021, com 352 decisores da área de tecnologia.
A importância da cibersegurança nas organizações
A cibersegurança tem ganho cada vez mais destaque e importância em toda a indústria na última década, por conta de toda a transformação digital que as organizações vêm sofrendo. Ao mesmo tempo que o mercado evolui, os pontos fracos em potencial que os hackers podem explorar no campo da cibersegurança também aumentam. Podem ocorrer algumas brechas na forma como os dados da empresa são armazenados. Também existem vulnerabilidades em funcionários que acessam os dados da empresa através de telefones celulares. Existe também a possibilidade de ocorrer brechas de cibersegurança no relacionamento com fornecedores terceirizados. A maioria dos setores avaliados pela pesquisa “Barômetro da Segurança Digital” pontuou que considera a cibersegurança um tema de muita importância para as companhias. As companhias do segmento de tecnologia, telecom, financeiro e seguros são aquelas que mais discutem internamente o tema. Para que a cibersegurança não seja apenas uma promessa, é necessário que a empresa invista em profissionais, algumas até possuem um departamento próprio para o tema. De acordo com a pesquisa, 78% das companhias contam ao menos com um profissional de TI (Tecnologia da Informação) para tratar da segurança das informações. Já o investimento de uma área própria que cuida da cibersegurança ocorre em 32% das empresas. O quanto as empresas sofrem ataques digitais ajuda também a medir a necessidade do tema cibersegurança. Segundo a pesquisa “Barômetro da Segurança Digital“, 57% das empresas são alvo de fraudes ou ataques virtuais com frequência de média a alta. Apesar de um índice elevado, apenas 21% das empresas consideram a cibersegurança como prioridade máxima, enquanto 48% das empresas possuem uma política específica de cibersegurança para seus funcionários. De acordo com s entrevistados pelo estudo, esta dificuldade em lidar com a temática da cibersegurança tem relação direta com a conscientização dos colaboradores da empresa sobre a importância do tema. Outro ponto que dificulta é encontrar profissionais qualificador para gerir o sistema de segurança da companhia. Como um reflexo desta falta de conscientização e de profissionais qualificados, apenas 24% das corporações se consideram bem preparadas para reagir de maneira apropriada no caso de ataque cibernético. Ainda segundo os entrevistados, as principais fontes de ameaças a cibersegurança são contas pessoais de e-mail, redes sociais e determinados sites de navegação da internet.
Os benefícios da LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada em agosto de 2018, tem trazido mudanças profundas em como as empresas tratam os dados, principalmente do ponto de vista da cibersegurança. Segundo o estudo “Barômetro da Segurança Digital“, a maioria das companhias entrevistas avalia que a LGPD trará mais benefícios que prejuízos às empresas. A LGPD prevê que quando empresas sofrem ataques digitais elas são responsabilizadas caso os dados de terceiros são vazados, como ocorreu recententemente no vazamento do SERASA de 200 milhões de CPFs de brasileiros. Além disso, a LGPD estabelece como deve ser a coleta e proteção de dados de clientes, entre outros pormenores importantes para a cibersegurança e segurança da informação como um todo. Gostou desta matéria, então confira nosso post sobre 70% das empresas não oferecem treinamento em segurança.