Isso porque as memórias SSD NAND estão incorporadas no nosso cotidiano sem a nossa atenção. São elas, inclusive, responsáveis pelo armazenamento do seu computador de mesa ou de seu laptop, por exemplo. Mas não pense que é somente isso, tablets e outros dispositivos também fazem uso desta tecnologia chamada memória FLASH. Para melhor entender as consequências é melhor começar entendendo a fundação: O SSD (solid-state drive) é um dispositivo de armazenamento considerado a evolução do disco rígido (HD). Diferentemente do HD, por exemplo, ele não conta com nenhuma parte móvel. Em vez disso, um grupo de chips faz todo o trabalho pesado de guardar os arquivos. Pense nele como um pendrive ultrarrápido e com mais espaço para imagens, vídeos, documentos e até mesmo o próprio sistema operacional. A história do NAND, em contrapartida, é ainda mais breve, introduzida pela Toshiba em 1989, é aquilo que entendemos como uma célula de memória, aquilo que entendemos como chips. Eles são compostos de uma única unidade que é armazenada em bits e esses bits são ligados ou desligados por meio de carga elétrica. Quanto maior a quantidade de bits, mais densa é a celula de memória. A organização destas unidades representa como os dados são armazenados no SSD. Portanto, o SSD com tecnologia FLASH NAND tratam-se da parcela mais cara do mercado, com dispositivos por valores exorbitantes. Nem todos eram capazes de custear tal tecnologia, tornando-a, por muito tempo, exclusiva. Um exemplo disso é o saldo de uma rápida busca no Youtube demonstra que, por muito tempo, um drive SSD foi encarado como item de luxo. Não mais.
Memórias: as previsões
Mas o que isso significa então? É simples, a queda de preços destes dispositivos afetam diretamente a maneira como consumimos alguns dos nossos itens tecnológicos favoritos. Sem o interesse da indústria, afeta diretamente na produção. É o caso dos produtores dos chips NAND. Aqui a ordem da vez é metade. Se a memória FLASH vale metade do que valia em 2018, também será a sua produção, assim como a produção dos chips; produzindo-se 50% a menos do que anos anteriores. Em consequência, espera-se que investimentos e ações caiam em torno de 2% até o final do 2019, sem contar os outros 10% de queda já registrados no final do ano passado. Aparentemente, por hora, está sendo um mal investimento para a indústria. Quem sai ganhando é o consumidor. O site DRAMAeXchange prevê que os valores vão cair já 20% logo neste primeiro bimestre de 2019. A partir daí, é uma queda desenfreada, com 15% para o segundo bimestre, e por volta do último semestre, uma queda de 20%. O saldo será positivo para as compras de final de ano: as memórias vão poder ser encontradas valendo menos que a metade do valor que encontramos nas prateleiras agora em janeiro. Empresas como Samsung e Hynix estão pensando em planos para contornar a situação. Mas por fim, a queda parece inevitável. Se a sua pretensão era adquirir uma memória FLASH, esta é a hora.
Os preços de agora
Para efeito de comparação, selecionamos alguns exemplos das memórias disponíveis no mercado atualmente. Vale lembrar que este são dois dos modelos mais completos disponíveis, o que vale a pena dar uma conferida em sua ficha técnica e, por que não, torná-lo uma possívvel compra futura? Não está convencido? Veja o caso da memória SSD Pcie 480GB Kingston A1000, que esta disponível por R$936,26. O preço, ano passado, girava por torno de R$1.500,00. O mesmo vale para o SSD SAMSUNG 860 Pro Series, disponível por R$ 2.199,00. Pela lógica do mercado, espera-se que o mesmo dispositivo valha metade de seu valor atual por volta de dezembro deste ano. Fonte: Guru3d