Luiza Trajano e o declínio
No mês de junho do ano passado o Magazine Luiza (MGLU3) registrou o recorde em seu patrimônio, que havia sido avaliado em US$ 5,6 bilhões, algo que, na época, girava em torno de R$ 28,6 bilhões. Desde o feito, as avaliações financeiras da empresa varejista não tem sido as melhores, chegando na margem dos 87% durante todo o período. Inclusive ainda sobre a queda das ações, que por consequência há retirada de investidores, o que resultou na perda de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 8,1 bilhões) em valor de mercado somente nos primeiros cinco meses deste ano. Tudo isso culminou na retirada de Luiza Trajano da lista de bilionários da Forbes, que conta com a presença de figuras como Elon Musk (1º lugar), Bill Gates (4º lugar), Mark Zuckerberg (15º lugar) e muitos outros. No Brasil, a lista de bilionários da Forbes conta com 62 nomes, confira os 10 mais ricos do país:
Jorge Paulo Lemann (US$ 15,4 bilhões)Eduardo Saverin (US$ 10,6 bilhões)Marcel Hermann Telles (US$ 10,3 bilhões)Jorge Neval Moll Filho (US$ 9,8 bilhões)Carlos Alberto Sicupira (US$ 8,5 bilhões)Irmãos Safra (US$ 7,7 bilhões)Lucia Maggi (US$ 6,9 bilhões)André Esteves (US$ 5,8 bilhões)Alexandre Behring (US$ 5,1 bilhões)Luciano Hang (US$ 4,8 bilhões)
Motivos desse efeito
O mercado de valores, assim como muitos outros, tendem a sofrer diversas mudanças inesperadas e foi o que houve no caso de Luiza Trajano e Magalu. Uma das grandes razões que levou a essa situação foi o cenário macroeconômico que se mostrou bem desfavorável recentemente. Assim que a pandemia surgiu até o seu auge, os registros financeiros do Magalu, muito pelo contrário, foram bastante elevados. Porém agora a empresa se vê em declínio frequente. O momento atual de alta na inflação também não é bem visto, inclusive com a taxa Selic registrando 12,75% ao ano. E isso tem associação direta com desaceleração econômica, uma vez em que os juros altos encarecem os financiamentos bancários, o ritmo de consumo consequentemente diminui e acaba impactando diversos mercados — principalmente o varejista. E se durante os últimos anos as compras online tinham força incomparável com as compras físicas — por conta da pandemia, principalmente –, hoje ela já não tem mais esse apelo e o efeito reverso também não acontece, ou seja, as compras físicas permanecem em seus níveis costumeiros. Mesmo assim tudo isso não impede que o e-commerce estrangeiro invista no Brasil, pois empresas como Aliexpress, Shein e Shopee estão agindo de maneira pesada no país que tem como referência lojas como o Magazine Luiza de Luiza Trajano. Veja também Registros no final do ano passado já visavam este cenário: lucro do Magazine Luiza cai 89% no 3° tri; e-commerce se destaca.