The Legend of Zelda A Link to the Past
É impossível não associar jogos antigos de ação e aventura com a franquia The Legend of Zelda. Apesar de muitos considerarem Ocarina of Time como o maior jogo da história e da série, podemos dizer que foi A Link to the Past quem criou os caminhos para que isso pudesse acontecer. Na história do game, vemos Agahnim, o feiticeiro, que acaba matando o rei de Hyrule. Nosso herói, Link, descobre que é descendente de uma família guerreira cuja missão é proteger o reino. A forma como a história se desenvolve é bastante sólida, além de ter dois mapas inteiros para explorar, recheados de lugares secretos. Como equipamento temos uma grande gama de itens para usar, alguns que se tornaram icônicos na série, principalmente nos diversos chefões espalhados nas muitas cavernas. Sem sombra de dúvidas, esse é um dos melhores jogos do Super NES e é usado como base para diversos outros títulos até hoje.
Castlevania: Symphony of the Night
Castlevania já era uma série extremamente famosa antes de Symphony of the Night, mas foi nessa entrada que tudo mudou. Ao invés da exploração entre pedaços de mapas, agora há um castelo imenso e cheio de segredos para descobrir, principalmente quando ele vira de ponta cabeça. Agora com diversos elementos de RPG, muitos equipamentos, tanto de proteção e de ataque, Symphony of the Night traz como protagonista Alucard, filho do Lorde Drácula, cujo castelo acabou de retornar. Ele descobre que uma trama para trazer o senhor dos vampiros está acontecendo. Na linha do tempo da franquia, a história se passa após o final de Rondo of Blood. O sucesso do jogo foi tamanho que se tornou uma grande influência dentro do seu gênero, o metroidvania.
Final Fantasy IV
Final Fantasy IV foi o primeiro jogo da franquia a ser lançado para o Super Nintendo, o segundo console da Big N. Ainda assim, para muitos, incluindo este que vos escreve, foi também o desbravador a conseguir misturar uma grande história com combate, afinal, foi o primeiro a trazer o ATB (Active Time Battle, tempo de batalha ativo em tradução literal). Essa adição mudou para sempre os jogos de RPG japoneses, se tornando praticamente um padrão para jogos posteriores, não só da franquia quanto de outras produtoras. Além disso, foi na quarta entrada em que tivemos uma história sólida, com as aventuras do cavaleiro negro Cecil, que cumpre as ordens do seu rei, mas passa a duvidar de suas ações e busca por redenção. Felizmente o jogo está disponível para PC na sua forma Pixel Remaster, na Steam, e a esperança é de que seja lançado em breve para consoles com os outros 5 jogos.
Chrono Trigger
Perfeição. Pode parecer exagero, mas essa palavra resume bem o que é Chrono Trigger. Particularmente, considero esse como o maior jogo de RPG japonês produzido na história, já que além do grande Dream Team, Hironobu Sakaguchi (Final Fantasy), Yuji Horii (Dragon Quest) e Akira Toriyama (Dragon Ball), tivemos muitos outros que foram extremamente importantes para o desenvolvimento do jogo, como Takashi Tokita (Parasite Eve), Yoshinori Kitase (Final Fantasy VII), Kazuhiko Aoki (Final Fantasy IX), e o músico Yasunori Mitsuda (Xenogears) que quase morreu no processo devido ao stress. A história trata das aventuras de Crono, que acidentalmente acaba viajando no tempo em uma invenção de sua grande amiga Lucca. No meio de sua jornada para voltar para casa, ele e seus amigos acabam descobrindo uma ameaça batizada de Lavos, que eventualmente destruirá o mundo. Eles então se juntam para liquidar com o monstro. Um dos grandes feitos de Chrono Trigger foi conseguir trabalhar elementos como viagem no tempo, amizade, coragem e determinação de forma extremamente singular. Os gráficos continuam maravilhosos até hoje, contudo, infelizmente, o jogo não está disponível nos consoles, somente nos PCs e celulares.
International Superstar Soccer Deluxe
Se hoje você pode apreciar o seu FIFA, saiba que as fundações dos jogos de futebol nasceu em International Superstar Soccer, melhorado com a versão Deluxe. Na verdade, há coisas que esse jogo faz que os títulos atuais não conseguem, ou não querem implementar, como a disputa de cara-ou-coroa para decidir quem fica com a bola ou o lado do campo. A jogabilidade já era muito boa, mesmo com diversos truques para marcar gols. É possível driblar, cruzar, fazer embaixadinha e, ao dar carrinhos muito fortes, e causar uma lesão, maqueiros entram em campo e retiram o jogador machucado. Apesar de não ter narração, o que temos são falas em momentos capitais, como escanteios, gols e outros. No Brasil, especialmente, esse jogo recebeu diversas versões piratas. Algumas com a alcunha de Campeonato Brasileiro ‘96, ou Ronaldinho Soccer ‘97, consideradas lendárias por muitos até hoje.
Street Fighter 2
Street Fighter 2 mudou para sempre a forma como jogamos jogos de luta. Diferente da sua primeira entrada, agora era possível escolher entre 8 possíveis, cada um deles com tipos de golpes diferentes, habilidades e jogabilidade diferenciada. Com o tempo, a cada nova entrada, os jogadores perceberam que era possível combinar golpes e impedir a movimentação do adversário, nascendo os combos. Eventualmente, os chefes Sagat, Balrog, Vega e M. Bison foram adicionados à lista de personagens jogáveis, com muitos outros surgindo nas muitas versões publicadas depois. Ainda hoje, o jogo é modelo para muitos outros, e já foi lançado para diversos consoles.
Super Metroid
Metroid é uma franquia que, infelizmente, é bastante negligenciada pela Nintendo. Tendo nascido no mesmo ano que The Legend of Zelda, ela sempre ficou na sombra da sua irmã mais famosa. Super Metroid é a terceira entrada na franquia, e continua os eventos vistos em Metroid II: Return of Samus e mostra a caçadora de recompensa seguindo sua aventura até chegar ao planeta de Zebes. Lá ela descobre que Ridley, um pirata espacial, está em posse de uma criatura. A ação acontece em progressão lateral, com o jogador podendo ir e voltar às salas a hora em que bem entender. Além de trazer muitos segredos, armas e inimigos. Essa franquia, junto com Castlevania, foram as responsáveis pela, por assim dizer, criação de um novo gênero, o Metroidvania.
Super Mario World
É difícil pensar em um mundo onde o Mario não exista. A franquia praticamente criou o gênero de aventura com progressão lateral com Mario Bros., mas o ápice aconteceu realmente com Super Mario World. O jogo conseguiu pegar a fórmula do excelente Super Mario Bros. 3 e melhorar ainda mais. Agora, ao invés de apenas linhas em um mapa para seguirmos, temos um verdadeiro mundo para explorar. Algumas telas com diversas saídas, que levam para novos caminhos, novas descobertas, inclusive com mundos especiais. Isso tudo pode ser explorado graças a uma grande variedade de poderes diferentes e, principalmente, à adição do adorável mascote Yoshi. Graças a sua imensa popularidade, o jogo começou a receber adulterações, conhecidas como Kaizo, entre outros nomes, e geralmente difíceis. Talvez por conta disso, a Nintendo resolveu lançar um jogo que foi o sonho de quase todos os jogadores de Mario: Super Mario Maker. Com a ferramenta é possível criar telas usando vários jogos da franquia, além de poderes variados, e personagens convidados, como o Sonic, Link e outros. Mas a grande cereja do bolo é poder upar a tela na internet e desafiar o mundo.
Donkey Kong Country
É difícil de acreditar que Donkey Kong Country saiu realmente para o Super Nintendo. Seus gráficos são soberbos até para os dias atuais. Isso só foi possível graças à técnica Advanced Computer Modelling (Modelagem de Computador Avançada em tradução literal) que renderiza imagens em 3D para pixels, sem haver grande perda de qualidade. Essa técnica foi desenvolvida pela Rare, estúdio do jogo, e pela Nintendo. Outra coisa que chama a atenção até hoje é a trilha sonora original, composta por David Wise. Graças ao chip SPC700, a sensação é de se estar ouvindo uma orquestra mesmo, e não apenas os 8 canais que o console possui. A qualidade do jogo foi tanta que duas sequências foram feitas, tão boas quanto ou superiores a essa primeira entrada.
Pokémon Black/White
Pokémon já está entre nós faz mais de 25 anos. No fim de 2022 vamos receber a nona geração de jogos, com Scarlet e Violet, que promete trazer uma boa história, e é exatamente isso que Black e White 1 tem. As duas servem, basicamente, como um reboot para a franquia, já que recebemos mais de 150 novos Pokémon, praticamente o mesmo número do primeiro jogo. É aqui que conhecemos N, um dos líderes da Equipe Plasma. Ele tem a habilidade de conversar com os Pokémon, e deseja liberá-los. Mas nem tudo é o que parece. E os muitos acontecimentos nos apresentam momentos únicos na franquia até hoje. Além disso, os jogos exploram ao máximo a capacidade do Nintendo DS, e conseguiram conectar a franquia à internet com perfeição. Havia vários novos modos de batalha e a cena competitiva também era bastante forte com centenas de jogadores ativos. Outra novidade na franquia foi o lançamento de uma sequência, ao invés da versão Grey (cinza) que todos esperavam. O que vemos aqui é o retorno da Equipe Plasma, com uma história que continua dois anos após o jogo original. E é tão boa quanto a original. Agora que Diamond e Pearl já receberam seu remake, o jeito é esperar e torcer para ser feito o mesmo com essa versão. Veja também: Para saber tudo sobre o mundo dos games, seja dos jogos antigos ou novos, como a análise de The Last of Us Part I, e também ficar por dentro do universo da tecnologia, fique de olho aqui no Showmetech.