Atualmente, há apenas quatro exigências que devem ser cumpridas para que computadores de mesa e notebooks sejam colocados no mercado, mas o principal foco da Microsoft com a tal mudança é permitir que usuários de todas as categorias tenham um uso mais rápido. Entenda o caso agora mesmo.
As atuais exigências para usar o Windows
Empresas que desenvolvem sistemas operacionais para produtos fabricados por outras companhias possuem uma série de regras e bons hábitos que precisam ser seguidos, isso feito como uma forma de garantir o bom funcionamento. A Microsoft já exige que para que uma máquina rode o Windows 11, tenha as seguintes especificações:
Processador com velocidade mínima de 1 GHz com dois ou mais cores que é compatível com tecnologia 64 bits ou com potência para rodar um system on a chip (SoC);No mínimo 4 GB de RAM ou mais;Armazenamento interno de 64 GB;Espaço adicional para download de atualizações e recursos específicos.
Como você percebeu, ainda não há uma regra que exija o tipo de armazenamento que deve ser inserido nos novos computadores no mercado e é por isso que devido ao baixo custo, algumas fabricantes ainda optam por inserir HDs em modelos mais baratos e voltados apenas para estudo/trabalhos que não exigem alto poder de processamento gráfico e/ou alta leitura de arquivos. Antes mesmo de realizar o lançamento do Windows 11, a Microsoft exigiu que as fabricantes inserissem a funcionalidade de inicialização segura e módulo de plataforma confiável (TPM), focado em entregar um uso mais seguro, independente da categoria.
Mudança já havia sido adiada
John Chen, analista do TrendFocus, compartilhou que não é de hoje que a Microsoft tenta implantar esta alteração que provocaria o fim do HD como armazenamento principal, pelo menos em partes. Chen citou que a primeira tentativa de SSD no Windows foi citada pela empresa em 2022, mas as conversas finais acabaram colocando a mudança para 2023 ou 2024. Por mais que uma leitura e inicialização mais rápida do sistema estejam entre os principais benefícios, as fabricantes acreditam que uma baixa quantidade de memória dos SSDs não sejam suficientes para o uso no dia a dia. Mas aqui entre nós: sabemos que muitas pessoas não usem a capacidade total de 500 GB ou 1 TB, que são mais comuns em HDs. John também comentou que as empresas temem que “apenas” 256 GB para rodar o sistema operacional e salvar os arquivos não sejam necessários, o que praticamente obrigaria as empresas a colocar SSD de 512 GB em seus próximos lançamentos, causando um aumento no custo de produção. Ao mesmo tempo, é importante lembrar que o preço que um consumidor final paga em um SSD de 512GB (vendido a um valor médio no mercado por não mais que R$ 400,00).
O que vem em seguida?
A Microsoft agora tenta fazer com que suas parceiras se adequem à nova regra para que os usuários tenham um uso mais rápido, mas ainda não se sabe o que aconteceria caso uma parceira seguisse lançando modelos com HD. É claro que não seria impossível instalar o Windows em um HD, mas a ação deve ficar menos comum com o passar do tempo. Uma alternativa é o lançamento de modelos de computadores que ainda tenham o tipo de armazenamento mais comum, mas estes venham com um SSD instalado com foco apenas em inicialização do sistema operacional e demais aplicativos. Ao mesmo tempo, tal prática seria feita apenas em modelos voltados para jogos, sendo estes os únicos com dois tipos de armazenamentos instalados desde o primeiro uso. Por mais que ofereça uma menor capacidade do que os usuários estão acostumados, não há como negar que a troca por uma leitura mais rápida de arquivos e inicialização mais rápidas do sistema operacional é justa e também deve ajudar o mercado de SSDs a se popularizar, levando a uma baixa de preços devido ao lançamento de mais modelos. Você tem um computador com SSD ou com HD? Já percebeu os ganhos de performance? Diga pra gente nos comentários! Veja também Confira nosso post com 9 dicas para acelerar seu notebook com Windows. Fonte: ARS Technica l Tom’s Hardware