Além de Donkey Kong Country, o mês de julho também reserva duas novas adições para os assinantes da DSO, trazendo também o jogo de luta-livre Natsume Championship Wrestling (que será adicionado na biblioteca de jogos do Super Nintendo) e o RPG isometrico The Immortal (que será adicionado à biblioteca de jogos do NES). Donkey Kong Country é o mais recente clássico da Nintendo a ficar disponível para os assinantes do Nintendo Switch Online, e em meses anteriores a empresa já liberou também títulos famosos como Super Mario World, Super Mario Kart, Super Metroid, Star Fox, Super Punch-Out e Breath of Fire 2 (todos lançados originalmente no Super Nintendo) além de Super Mario Bros, The Legend of Zelda, Double Dragon, Excitebike e Ninja Gaiden (todos originalmente lançados para o NES).
A importância de Donkey Kong Country
Lançado em 1994, Donkey Kong Country é considerado um dos melhores jogos já lançados para o Super Nintendo, e se destacou de outros games da época tanto por suas qualidades técnicas como por algumas inovações para o gênero dos jogos de plataforma. O game surgiu da ideia de utilizar um personagem do clássico Donkey Kong que ainda não havia sido reaproveitado pela Nintendo em uma nova versão: o própria macaco que dava nome ao título original. Enquanto o “jumpman” do game para arcades foi batizado de Mario e se tornou o “rosto” mais conhecido da Nintendo no mundo, Donkey Kong (o macaco que jogava barris) não fazia nenhuma aparição em novos jogos desde a década de 1980. Isso chegou ao fim quando a Nintendo contratou a britânica Rare (que já tinha em seu catálogo jogos como Battletoads e California Games) para desenvolver um novo game do macaco que era símbolo do primeiro grande sucesso da Nintendo. A empresa então utilizou uma estação de trabalho da Silicon Graphics que possuía para redefinir toda a ideia do personagem, refazendo todas suas feições de formar a se parecer mais “humano” — mas mantendo a gravata vermelha como símbolo que o tornava reconhecível como o mesmo Donkey Kong dos arcades. Donkey Kong Country entregou uma experiência de plataforma em 2D totalmente baseada nos jogos do Mario, mas trazia alguns elementos que não existiam nos jogos do encanador. Um deles é o fato de que o parceiro do protagonista (o macaco adolescente Diddy Kong) não era apenas uma opção de personagem a ser controlado por um segundo jogador (como era o Luigi nos jogos de Super Mario Bros), mas um personagem que acompanhava Donkey Kong em todos os momentos, até mesmo quando não havia um segundo controle plugado no videogame. A Rare também se esforçou para se aproximar os personagens da juventude da década de 1990, e tanto Donkey Kong quanto Diddy Kong são muito mais “descolados” do que os outros famosos protagonistas da Nintendo, e a própria música do jogo utiliza como base a jungle music (um gênero da música eletrônica conhecido também como drum and bass) misturado com diversos elementos de hip hop e jazz. Mas o grande diferencial do game estava mesmo na parte gráfica, já que a tecnologia usada pela Rare permitiu que ele fosse o primeiro jogo a entregar modelos 3D com texturas pré-renderizadas em ambientes 2D, permitindo que o game lançado em um cartucho de 16 bits fosse visualmente mais impressionante do que aqueles que já existiam nos concorrentes de 32 bits que gravavam seus jogos em CD da época (no caso, o 32x e o Sega CD, já que o PlayStation ainda não tinha sido lançado). Na época de seu lançamento, Donkey Kong Country foi um enorme sucesso de pública e de crítica, tendo vendido 8 milhões de cópias e sendo considerado pela EGM (a maior publicação de videogames do mundo na década de 1990) como Melhor Jogo de Super Nintendo (entre os lançados em 1994), Melhor Animação, Melhor Dupla de Personagens e Melhor Jogo do Ano de 1994. O sucesso fez com que o game se tornasse uma franquia que continua viva até hoje, com o título mais recente sendo Donkey Kong Country: Tropical Freeze, lançado em 2018 para o Nintendo Switch. Confira abaixo o trailer de lançamento de Donkey Kong Country, de 1994: Fonte: Nintendo