Em outra perspectiva, ele é metade do monte Evereste, ou quase exatamente 5x o tamanho do Burj Khalifa, arranha-céu de Dubai, a atual construção mais alta já feita por um humano. O nome “1998” também indica o ano da primeira vez que o dito cujo foi avistado. Dessa vez, ele passará a uma velocidade de 31 milhões de km/h. Fato é que a noção de “proximidade” ditada pela agência espacial entre nós e o asteroide também pode parecer surreal a qualquer terráqueo: ele estará a 6,3 milhões de quilômetros do ponto mais próximo da Terra. Isso é mais de 16 vezes a distância entre nós e a Lua.
O asteroide e outros objetos próximos
Mesmo com a distância, ele foi classificado como um near Earth object (NEO), ou um “objeto próximo à Terra”, em tradução livre. Para a NASA, qualquer objeto a 193 milhões de km daqui é considerado próximo. Se você entender de inglês e estiver curioso sobre o tema, vale a pena conferir a página da própria NASA dedicada a objetos próximos. No site, há uma área dedicada aos objetos mais próximos a chegar por aqui. Um deles, o mais próximo (mas não do tamanho do 1998 IR2) é o 2020 DP4, que passará a 1,3 milhão de km daqui neste domingo. Outro mais longe (a 6,1 milhões de km) e menor, passará nesta quinta-feira. Para a nossa sorte, nenhum desses objetos espaciais, por “maiores e rochosos” que sejam, terão sua órbita alinhada à Terra por um bom tempo. O 1998 IR2, por exemplo, já tem sua rota reconhecida pela NASA nos próximos 200 anos. Ele voltará mais perto em 2079, quatro vezes a distância entre nós e a Lua (LD, ou “Lunar Distance”, uma medida frequentemente utilizada pela agência espacial para esse tipo de classificação). Em contraste a isso, existe uma média de pelo menos 30 NEOs toda a semana. A CNEOS (Center for Near Earth Object Studies), o centro responsável por estudar os objetos próximos, coloca que serão pelo menos 25 até o começo de maio – somente dos que estão a menos de 20 LD. Se você estiver acordado às 6:56 da manhã no dia 29 de abril, pode pode ver a passagem do 1998 IR2 ao vivo, via VirtualTelescope. Lembrando que, na semana passada, a NASA também lançou um vídeo em 4K da Lua, que vale a pena ser conferido. FONTES: New York Post, Tech Times.