Sinopse
Invincible conta a história do garoto Mark Grayson, filho de um super-herói importante, em uma Terra onde heróis estão por toda a parte. Ele está em busca de autodescobrimento enquanto precisa lidar com a “vida dupla”: estudante durante o dia, aprendendo a usar seus superpoderes nas horas vagas (enquanto mantém uma identidade secreta). Para quem já assistiu ao hilário Sky High da Disney, a fórmula que pode parecer antiquada não teria mudado tanto em 15 anos, certo? Acontece que Invincible consegue cativar (e chocar) logo no primeiro episódio. A comparação mais fácil de se fazer, sem entregar o enredo em si, é com outro sucesso do Prime Video, The Boys. Desta vez, porém, temos uma animação sanguinolenta que sabe dosar bem seu desenvolvimento, sem pesar muito para o drama – o que pode agradar uns e afastar outros. Outro diferencial é a abordagem de paternidade, tema que só veio a ser destrinchado na segunda temporada de The Boys e não tem receio em ser um dos núcleos mais importantes em Invincible.
Produção e elenco
A série animada é derivada dos quadrinhos de mesmo nome, feitos por Robert Kirkman, renomado criador da HQ Os Mortos-Vivos (popular The Walking Dead). As edições foram publicadas nos EUA entre 2003 e 2018, com limitada circulação aqui no Brasil. Invincible do Prime Video tem direção de Jeff Allen, cujos créditos mais similares a este é em Os Vingadores Unidos e Ultimate Spider-Man. De quebra, a trilha sonora é composta por John Paesano, o mesmo responsável pela memorável abertura de Demolidor da Netflix e pelo game Spider-Man do PlayStation 4. Invincible também traz um elenco de atores renomados. O protagonista Invincible é Steven Yeun (Glenn de The Walking Dead e indicado ao Oscar), seu pai é J. K. Simmons (chefe do Homem-Aranha na trilogia de Sam Raimi e também o professor disciplinador de Whiplash) e sua mãe é Sandra Oh (de Grey’s Anatomy e Killing Eve). Entre amigos do colégio de Mark e super-heróis que ele encontra em suas empreitadas, temos outras vozes/nomes conhecidas: Seth Rogen, Mark Hamill, Mahershala Ali, Ezra Miller, Jon Hamm, Walton Goggins, Zachary Quinto, Gillian Jacobs, Zazie Beetz e Justin Roiland.
Vale a pena assistir?
Sim. Seja por elenco, história adaptada (para quem conhece), afinidade com o gênero ou pela nova abordagem violenta e colorida que é rara de se ver hoje na TV/streaming. A animação lembra também o estilo de outras séries de heróis dos anos 2000, o que pode atrair os mais “nostálgicos”. Em nenhum momento você sente um declínio em termos de qualidade de produção, logo, esperamos que a consistência entre três episódios se estenda pelos demais. O humor é outro ponto inevitável: há paródias de super-heróis atuais, lembrando Guardiões da Galáxia e Batman, por exemplo. Invincible se pega madura o suficiente para saber que não há motivo para reaproveitar certos clichês de séries/animações de heróis. O que você já conhece não é exagerado, então tudo o que ela traz de novo tem, por consequência, um “frescor” singular. A única crítica que tenho é a exibição fracionada em si. Não é segredo para ninguém que o modelo de séries semanais fez sucesso na Disney Plus, alavancando o número de assinantes durante Mandalorian, por exemplo. Agora, o Prime Video optou por imitar com Invincible o que foi feito em The Boys, lançando os três primeiros de uma vez na sexta-feira de estreia. Ambos do Prime e ambos foram adaptados dos quadrinhos, mas enquanto The Boys é um drama muito mais bem construído, havia a justificativa de “suspense” para adotarem a lógica de liberação semanal como é feito na TV. Invincible peca em fazer ganchos criativos ao final dos episódios e, pior, pode demorar a cativar ou criar empatia pelos protagonistas – o que, pessoalmente, não acontece quando a série é liberada de uma só vez. Mesmo assim, assistir aos três primeiros episódios é o suficiente para compreender se a série faz seu estilo.
Quando Invincible irá ao ar?
E aí, assistirá Invincible? Já assistiu? Conte para gente o que achou da série!