O conceito de machine learning é uma das inúmeras ramificações da inteligência artificial (IA). Basicamente, ele consiste de uma série de funções automatizadas que podem ser “treinadas” por meio de padrões de dados e comportamento, para agirem de forma independente no desempenho de diversos trabalhos. Sua aplicação mais comum é na análise de dados e previsão de resultados, quando o volume de material a ser revisado é grande demais para equipes humanas. Com o emprego de matemática aplicada, sistemas de machine learning conseguem analisar amplas quantidades de informações em tempos reduzidos. No caso deste levantamento da Fórmula-1, o sistema foi “educado” a avaliar cerca de três décadas de informações relacionadas à performance de vários pilotos. Ao comparar colegas de equipe em sessões de qualificação, a ferramenta baseada em machine learning concentrou sua análise no desempenho do piloto, construindo uma rede de colegas de equipe em todo o intervalo de tempo. A grosso modo, isso quer dizer que todos os pilotos — dos mais famosos até os menos prestigiados — tinham chances de figurar na lista. Ao comparar os tempos de volta apenas entre companheiros de equipe, o algoritmo do Fastest Driver normaliza efetivamente o desempenho do carro e da equipe.
A lista
Depois de explicar as tecnicalidades, vamos ao que interessa: a lista. Fãs mais antigos do esporte de automobilismo ficarão felizes em saber que ela é bem heterogênea, não se apegando a nenhum saudosismo nem paixão exacerbada de fãs mais recentes. Em suma, ela posiciona nomes antigos e novos das corridas, listando ícones como Max Verstappen, Rubens Barrichello, Alain Prost, Lewis Hamilton e… enfim, veja abaixo o ranking completo: É isso mesmo: parafraseando a narração icônica de Galvão Bueno, “Ayyyyyyyrton Senna do Brasil” lidera o ranking dos corredores mais velozes da Fórmula 1 em quase 30 anos. “O brasileiro conseguiu 65 pole positions em sua carreira tristemente abreviada”, diz trecho no site da Fórmula 1. “E mesmo que esse número eventualmente tenha sido superado por Michael Schumacher e Lewis Hamilton —- segundo e terceiro lugares, respectivamente, no Top 20 — ambos os pilotos rapidamente reconhecem que Senna teria obtido muitas, muitas mais posições de liderança, não tivesse perdido a vida no Grande Prêmio de San Marino, em 1994. Segundo o site da Fórmula 1, foram compilados dados relacionados a corridas de qualificação desde 1983. Para determinar os nomes do ranking, o algoritmo por obrigação só consideraria corredores que competiram entre si em ao menos cinco eventos de qualificação, estendendo essa diretriz não só a pilotos principais, mas também a seus companheiros de equipe (e os companheiros dos companheiros de equipe e assim por diante…). Além disso, houve um fator de idade a ser considerado no levantamento: por exemplo, se um piloto deixou o esporte e retornou após alguns anos, isso também foi levado em conta. Depois disso, o algoritmo também estabeleceu um posicionamento melhor no ranking para pilotos que dominaram seus companheiros ou corredores que tiveram bons desempenhos contra membros poderosos do mesmo time. O levantamento é inteiramente baseado em velocidade absoluta, excluindo fatores como gestão de pneus e combustível ou estratégias de equipes. Fonte: Formula 1