O comitê investigou as empresas durante 16 meses e publicou tudo que descobriu num relatório de 400 páginas, que foi divulgado na terça-feira (06). Neste documento, os congressistas apontam o “monopólio de poder” das big techs e recomendam reformas nas leis antitruste e reestruturações nas empresas.
Investigação do monopólio das big techs
O comitê de congressistas coletou quase 1,3 milhões de documentos, com mais de 240 participantes do mercado e ex-funcionários das empresas investigadas. A investigação também apontou que as big techs tomaram atitudes visando controlar a estrutura da era digital. Segundo o relatório, esse processo começa com as companhias investigadas pesquisando outras empresas, para identificar potenciais rivais. Após essa identificação, a investigação apontou que as empresas acabam comprando, copiando ou cortando suas ameaças competitivas. Ainda de acordo com o documento, este tipo de atitude mostra que “as plataformas dominantes exploraram seu poder [econômico] a fim de se tornarem ainda mais dominantes”.
Recomendações do relatório da investigação
Os parlamentares da comissão recomendam que o Congresso dos EUA comece a legislar para proteger consumidores, funcionários, empreendedores e negócios abertos deste monopólio das big techs. A ideia, segundo os congressistas, é garantir mercados abertos e ideais democráticos. O documento também pede a restrição de compra por parte das empresas investigadas. O objetivo, neste caso, é impedir que as grandes companhias do Vale do Silício (região na Califórnia que abriga empresas globais de tecnologia) adquiram startups que poderiam ser suas concorrentes, sugerindo que os mercados em que operam sejam limitados. Confira abaixo uma lista com as principais recomendações do relatório da investigação do comitê:
Estabelecer um padrão para promover aquisições estratégicas que reduzam a concorrência;Separações estruturais para proibir plataformas de operar em linhas de negócios que dependam da própria plataforma;Proibição de plataformas de praticarem o auto preferenciamento (quando o Google prioriza seus produtos nos resultados das buscas, por exemplo);Fortalecimento da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) e da Divisão Antitruste do Departamento de Justiça;Promoção de maior transparência e democratização das agências antitruste.
Fontes: Business Insider, The Verge e Vox O que você achou desta investigação sobre o monopólio das big techs? Conte para nós aqui nos comentários!