HTC Dream: o primeiro smartphone com Android
Em 2017 a Google comprou a área de smartphones da HTC. A escolha não foi por acaso, afinal a fabricante foi a primeira apostar no Android com o modelo HTC Dream. A boa recepção do mercado foi crucial para o sucesso do sistema operacional. A tela inicial não era muito diferente do concorrente Symbian: opção de atalhos de aplicativos, widgets e customização de interface. Porém, um dos maiores destaques era o gerenciamento de notificações. O gesto de puxar do topo da tela uma central de notificação foi invenção do Android. Apesar da resistência dos rivais, Symbian, iOS e Windows Phone, um a um foram adotando o mesmo gesto. A primeira geração do Android ainda sofreu com botões físicos. Celular “top de linha” era o que tinha mais botões físicos, influência do BlackBerry. O HTC Dream possuía teclado QWERTY, 4 botões físicos e ainda um trackball. Sem um padrão, a navegação era um tanto confusa.
A primeira grande atualização: Android 4.0
O Android se popularizou com a versão 2.3 Gingerbread, mas a primeira grande atualização foi a 4.0 Ice Cream Sandwich. A atualização focou num novo design: mais robusto e simples. O sistema operacional passou a adotar botões virtuais por padrão para navegação. O multitasking foi implementado, não sendo apenas “aplicativos recentes”, mas mostrando os apps rodando em segundo plano e com prévias em cartões. As notificações também foram melhoradas, com suporte de ações diretas. O gesto de deslize para dispensar apps e notificações se tornou um padrão adotado por outros desenvolvedores. É importante notar que o Android 4 adotou uma interface escura, com destaque azul. Isso pode se dar tanto pela influência da Samsung e seu display AMOLED, como também pelo lançamento do Windows Phone; sistema que se destacava com o modo escuro e cores fortes.
Android 4.4 nos prepara para uma revolução
O Android 4 teve três gerações (Ice Cream Sandwich, Jelly Bean e KitKat). O Android 4.4 KitKat foi a mais popular por anos, ele começou a exibir uma mudança de postura do Google. O sistema operacional foi se livrando do preto e azul, adotando efeitos de transparência, mais claro e colorido. A equipe de design diz que as mudanças criaram “um olhar mais contemporâneo, moderno” ao Android. Os ícones já não estavam mais tão “reais”, abandonando aos poucos os efeitos 3D ou sombras. Era uma preparação para o que estava por vir.
Android 5.0 e o Material Design
A interface colorida 2D do Windows Phone estava fazendo moda, mas a mudança no iOS gerou revolta de usuários. Por isso o maior foco do Google foi montar uma linguagem visual colorida, minimalista, leve e ainda assim amigável. Assim, o Android 5.0 Lollipop introduziu o Material Design, a etapa mais importante da evolução do Android. Foi uma revolução no design do sistema operacional, não apenas se adequando às novas tendências minimalistas da época, como também criando uma proposta visual única. Um dos movimentos mais arriscados, para o Google, foi a mudança dos botões virtuais para formas geométricas. Felizmente o Material Design vingou. A linguagem visual do Google foi adotada por diversos profissionais de design, sendo hoje uma referência a profissionais do desenvolvimento de sites e aplicativos.
O refinamento do Android 8.0
Enquanto no iOS os ícones sempre foram regrados como quadrados, no Android havia liberdade. Resultado: uma bagunça. Alguns ícones ficam quadrado, enquanto outros estão em círculo e uns com fundo transparente. No Android 8.0 Oreo o Google decidiu padronizar ícones dentro de círculo. O botão para acessar todos os aplicativos foi removido. Para ver a grade de apps é só fazer um gesto de deslizar para cima. A barra de pesquisa foi movida para a parte de baixo da tela, para ter acesso facilitado, além da novidade de poder procurar por conteúdo de configurações e outros apps.
Android 9 Pie: simples mas poderoso
Estado atual da evolução do Android. O Android 9 Pie chega no ano em que o sistema operacional completa 10 anos de vida. Durante o trajeto podemos ver como o foco do Google foi tornar o SO mais poderoso e visualmente leve. O impacto inicial é a renovação dos três botões virtuais em uma barra de gestos. Toque para ir a tela inicial, arraste para cima e vá ao multitasking; o botão “voltar” continua no lado esquerdo, porém não mais a todo momento. O funcionamento se assemelha um pouco ao que ocorre no iPhone X. A fonte do sistema mudou, sendo mais circular como o logotipo do Google.
A interface do multitarefas recebeu a primeira mudança desde o Android 5 Lollipop. Passa a ser composta por prévias completas do app, como no iOS. A fim de deixar as atividades mais fluídas, uma barra de busca e também seus cinco aplicativos mais usados estão presentes no multitasking. É possível até mesmo puxar a barra de navegação para cima e mostrar todos os apps. A tela inicial agora já não é mais caminho obrigatório.
Na seção “todos os aplicativos” o sistema sugere duas atividades recorrentes ao usuário, como “ligar para Justin” ou “caminho para casa”. Nessa seção, a barra de pesquisa fica no topo da tela, incentivando ainda o seu uso. Além do mais, durante a pesquisa alguns apps irão mostrar conteúdos completos. Um exemplo, é digitar “Lyft” e já aparecer uma sugestão de caminho para casa, com a distância da corrida, o tempo estimado e o valor; toque e peça o carro!
A evolução do Android: um sistema em constante evolução
Como pudemos ver, o Android mudou bastante visualmente, sempre se adequando às exigências da época, mas também fazendo sua marca. Durante essa evolução do Android, já se passaram 10 anos de atualizações e mudanças (sutis ou profundas). Portanto, diga-nos qual versão do Android você mais curtiu? Comente abaixo!