Preparamos um compiladão da trajetória de Peter Parker nas HQs, filmes e games para comemorar essa data, mostrando como a grande jornada para o herói obter poder e responsabilidade também ressoa com jovens de diferentes gerações. Confira a seguir toda a história do Homem-Aranha em seus principais formatos de conteúdo:

As HQs do Homem-Aranha

Anos 1960: O começo

A jornada de Peter Parker começou em Amazing Fantasy #15, uma compilação de histórias curtas da Marvel que, na época, estava começando a publicar os heróis que hoje em dia estão no cinema. A aventura contava a conhecida origem do personagem, mostrando sua irresponsabilidade inicial, as consequências de suas ações e a morte de Tio Ben. O Homem-Aranha acabou virando um grande sucesso, e após tantas cartas pedindo o retorno do personagem, sua revista solo ganharia forma.  Em Amazing Spider-Man, durante os anos 1960, boa parte dos personagens associados com a mitologia do herói aracnídeo começariam a aparecer: Flash Thompson, Mary Jane Watson, Norman e Harry Osborn e assim por diante, além do primeiro grande amor do personagem: Gwen Stacy. Os vilões também foram introduzidos nessa época, com boa parte dos adversários apresentados no cinema vindos daí: Doutor Octopus, Duende Verde, Homem-Areia, Electro, Lagarto, Mysterio e muitos outros. Nessa época, o roteiro do Homem-Aranha foi predominantemente escrito por Stan Lee, e os desenhos inicialmente feitos por Steve Dikto, co-criador do personagem, e John Romita, considerado por muitos o principal artista do cabeça-de-teia.

Anos 1970: A tragédia que define o herói

Entrando nos anos 1970, as revistas do Homem-Aranha começaram a ser os principais expoentes das HQs contra a censura e limitação do Comic Code of Authority, um selo feito por órgãos privados que tentava controlar o conteúdo das histórias em quadrinhos para que elas não tivessem passagens consideradas imorais. De Amazing Spider-Man #96 até #98, uma trilogia de histórias mostrando o impacto do uso de drogas na juventude foi publicada, com Peter tendo que lidar com uma overdose de Harry Osborn – e essas foram as primeiras HQs de um herói considerado ícone de crianças a saírem sem o selo, mostrando as limitações que a censura estava trazendo para a mídia – iniciando um abandono da certificação por diversas editoras. Ainda nos anos 1970, mais especificamente em 1973, o Homem-Aranha também traria uma grande novidade para as HQs como um todo, com a primeira morte de um interesse amoroso – que aconteceu em Amazing Spider-Man 121-122: a lendária história A Morte de Gwen Stacy. Na narrativa, o Duende Verde descobre a identidade secreta do herói, e decide o atingir em seu ponto fraco: raptando sua namorada. Em um extenso conflito entre o herói e o vilão, o algoz joga Gwen Stacy da Ponte do Brooklin, e o Homem-Aranha, tentando salvá-la, joga teia para segurar o impacto – infelizmente, uma delas fica bem no pescoço da jovem, e com o impacto da paralisação da queda, quebra ele, tornando o próprio herói responsável pela morte de seu amor. A história concluiria ainda com o Duende Verde morto, atravessado pelo seu próprio jato portátil, e abriria portas para uma era de narrativas em que o Homem-Aranha estaria sempre convivendo com o fantasma de suas falhas – algo que acontece até hoje.

Anos 1980: Uniforme Negro

Os anos 80 chegaram com a primeira grande mudança de roupa do Homem-Aranha: durante o crossover Guerras Secretas, Peter entra em contato com uma máquina alienígena que faz um novo uniforme negro ao seu redor. Essa história mais tarde mostraria que, na verdade, Peter utilizou um simbionte, que estava o deixando mais violento – e, com a ajuda do Quarteto Fantástico, ele seria retirado – o que não impediu que o herói continuasse utilizando uma réplica em tecido da roupa. A saga continuaria, porém, com o simbionte revoltado com o desprezo de Peter encontrando Eddie Brock, um jornalista frustrado por situações em que o Homem-Aranha acabou desmentindo algumas de suas matérias, e teria como consequência a criação do vilão Venom, um dos maiores ícones da mitologia do cabeça-de-teia e, ainda mais, um dos principais personagens da Marvel – protagonizando até mesmo filmes solos. Ainda nos anos 1980, Peter e Mary Jane casariam, se tornando um dos casais mais conhecidos das HQs – e dando um tom diferente a muitas histórias do Homem-Aranha, que agora tinha que pensar na família. Essa jornada é especialmente visível na Última Caçada de Kraven, em que o herói é enterrado vivo por alguns dias e parte da narrativa mostra a dor que o sumiço causa em sua esposa. 

Anos 90: A Saga do Clone, retorno de Norman Osborn e loucuras

Os anos 1990 não foram exatamente bons para as HQs, e o Homem-Aranha foi um dos que mais sofreu com as loucuras editoriais da época. Por boa parte da década, suas revistas estariam participando de um evento chamado Saga dos Clones, em que o herói descobre que existem dezenas de clones seus com poderes aracnídeos – com o principal sendo Ben Reily, o famoso Aranha Escarlate. Durante a Saga do Clone, Tia May falece, em uma das edições mais emocionantes do cabeça-de-teia – para alguns meses depois descobrimos que ela também era um clone, e que, entre indas e vindas, toda a situação tratava-se de um complexo plano de Norman Osborn, que após 20 anos dado como morto, desde a noite em que Gwen Stacy morreu, está de volta – pois é, as coisas começaram a ficar meio complexas e não muito divertidas.

Anos 2000 até agora: bons momentos e polêmicas

Os anos 2000 foram marcados por uma grande mudança editorial na Marvel, e para os cabeças da marca, o casamento do Homem-Aranha estava fazendo as histórias serem mais chatas. Em vez de criar uma narrativa de divórcio, mostrando como Peter realmente é humano, a decisão da Marvel, porém, foi outra: para salvar a Tia May de um tiro causado por um atirador que queria se vingar do Homem-Aranha durante a saga Guerra Civil, em que o herói revelou sua identidade publicamente, Peter faz um pacto com Mefisto, o demônio da Marvel, que apaga seu casamento da existência. Com isso, desde 2006, Peter e Mary Jane tiveram encontros e desencontros, mas até hoje o herói está solteiro, participando por vezes dos Vingadores e por vezes de outras equipes, mas, em geral, com histórias que tentam replicar o tom dos anos 1970. Tentativas de mudar completamente o herói também não faltaram, com Peter temporariamente sendo milionário, dono de sua própria empresa de tecnologia e um competidor de Tony Stark; Dr. Octopus dominando o corpo e virando uma versão mais sombria do Homem-Aranha; uma tentativa de ter um ajudante para o cabeça-de-teia e assim por diante. Ao mesmo tempo, aventuras mais contidas em revistas não principais parecem ter um traquejo melhor do que é o Homem-Aranha, com o principal exemplo sendo The Spectacular Spider-Man #310, uma impressionante ode ao cabeça-de-teia e que recomendamos fortemente a leitura para qualquer fã, mesmo o que não gosta de quadrinhos. 

Os desenhos e filmes do Homem-Aranha

Muitos conheceram o Homem-Aranha na sua “mídia original”: as HQs (ou gibis, revistinhas etc). Mas outra parcela considerável dos fãs do cabeça-de-teia o conheceu em outro lugar: na sala do cinema. Além das páginas impressas, as aventuras do jovem Peter Parker renderam, até a publicação desta reportagem, nove filmes solo, lançados entre 2002 e 2021. Alguns foram bem recebidos e fizeram história. Outros, passaram batido. Levar a história de origem do cabeça de teia, pela primeira vez, à telona ficou a cargo do diretor Sam Raimi, no começo dos anos 2000, que escalou Tobey Maguire para dar vida ao personagem. Deu tão certo que seu projeto rendeu uma trilogia (cuja conclusão deixou a desejar). Em 2012, foi a vez de Marc Webb repaginar a história de origem. Ele apostou no Andrew Garfield, que passou meio batido. E a franquia não rendeu outra trilogia, apesar dos esforços do diretor em preparar o terreno para uma conclusão épica do seu projeto. Já em 2017, foi a vez do Homem-Aranha ter sua primeira aventura solo no MCU (sigla em inglês para Universo Cinematográfico da Marvel), dirigida por Jon Watts e estrelada por Tom Holland. Watts, sim, pôde dar uma conclusão épica à jornada do seu Peter Parker, em 2021. E ainda deu algum senso de conclusão ao Parker do Andrew Garfield e um quê de epílogo ao de Tobey Maguire. Vamos passear por essas jornadas e relembrar as histórias. Confira abaixo todos os filmes do Homem-Aranha (e onde assisti-los):

Homem-Aranha (2002)

Os anos 2000 começavam e, no MCU, ainda era tudo mato. É nesse contexto que Homem-Aranha chega aos cinemas pela primeira vez, em maio de 2002. O filme teve direção de Sam Raimi, um diretor considerado pequeno por ter feito seu nome, nas duas décadas anteriores, com filmes B e de terror trash (a trilogia Uma Noite Alucinante, por exemplo). O longa mostra como Peter Parker (Tobey Maguire), um adolescente nerd e desajeitado do Queens (um distrito de Nova York), se torna o Homem-Aranha. Logo de cara, ele enfrenta um dos vilões mais tenebrosos do seu panteão: o Duende Verde, alter-ego psicótico do empresário e cientista Norman Osborn (Willem Dafoe), pai do seu melhor amigo, Harry Osborn (James Franco). Nesta jornada, Parker perde seu pai de criação, o tio Ben Parker (Cliff Robertson); abre mão do amor da sua vida, Mary Jane Watson (Kristen Dunst); e passa a viver um dilema com seu melhor amigo, que jura vingança contra o Aranha por achar que ele matou seu pai. Além de todo esse drama, Peter ainda precisa enfrentar as dificuldades de um jovem entrando na vida adulta: sair de casa, arranjar emprego e enfrentar um chefe abusivo – no caso, o editor-chefe do jornal Clarim Diário, J. Jonah Jameson (J. K. Simmons) – para pagar as contas. A estreia do super-herói no cinema inaugurou a era de ouro das adaptações de HQs. A direção primorosa (e autêntica) de Raimi, junto à performance incrível do elenco, entregou um filme icônico que fez história e, hoje em dia, envelheceu igual uísque. Sua bilheteria rendeu US$ 825 milhões (R$ 4,4 bilhões), enquanto sua história levou dez prêmios, indo desde melhor filme de ação (Teen Choice Award, 2002) até melhor beijo (MTV Movie Award, 2003). Ficha técnica:

Homem-Aranha 2 (2004)

Passado o sucesso da história de origem, era hora de Raimi entregar uma sequência. O segundo filme veio dois anos após o lançamento do primeiro, estreando em julho de 2004 – e é uma verdadeira aula de como dar sequência a uma história. Isso porque, sem precisar contar a origem do herói, sobrou tempo para incluir mais ação e aprofundar as relações entre os personagens. O filme explora isso fazendo com que a jornada de Peter seja sobre ele ficar em paz com o preço de ser o Homem-Aranha – e ter sua identidade revelada para Harry, MJ e estranhos num metrô. Tudo isso enquanto enfrenta Otto Octavius (Alfred Molina), o Doutor Octopus, um vilão quase tão tenebroso quanto o Duende. No começo, Parker, agora um jovem adulto, se desdobra para dar conta de manter todas as partes da sua vida em pé (ser o Homem-Aranha, pagar as contas, tirar notas altas na faculdade e manter um relacionamento saudável com seus familiares e amigos). E é claro que ele falha miseravelmente nisso. Ao ver sua vida desmoronar, os poderes de Parker somem, o que o leva abrir mão do seu alter-ego. Ele, então, tenta juntar os cacos dos seus relacionamentos, mas falha miseravelmente de novo, fazendo tanto sua tia May Parker (Rosemary Harris) quanto MJ se afastarem ainda mais. Também tenta fazer seus poderes reaparecerem com força de vontade (e uma dose de loucura)… e se quebra todo. Só que quando Octopus sequestra Mary Jane, a situação serve como gatilho para os poderes aracnídeos de Peter reaparecerem. E ele se lança numa das melhores sequências de luta entre um super-herói e um vilão já feitas na história do cinema (que rendeu uma das cenas mais icônicas do gênero). O que fecha essa história é o sacrifício. O dr. Octopus se sacrifica para dar cabo da própria invenção, Peter sacrifica o resquício de esperança que tinha em construir um relacionamento com MJ ao aceitar que continuará sendo o Homem-Aranha e MJ sacrifica seu noivado com o astronauta John Jameson (Daniel Gillies) – filho de J.J – para ficar com Parker. Neste segundo filme, Raimi apostou não só em dar alguns passos adiante no eterno drama que é a vida de Peter Parker, mas também em fazer referências a cenas icônicas do primeiro filme – geralmente, carregando no contraste entre elas (por exemplo: quando Peter tenta escalar a parede do beco, mas acaba caindo; e quando entra num prédio em chamas pela porta da frente, por estar sem poderes e usando roupas “normais”). A sequência também foi um sucesso, mas os números não superaram os do primeiro filme. Sua exibição nos cinemas rendeu uma bilheteria de US$ 789 milhões (R$ 4,1 bilhões), cinco prêmios e 28 indicações (do Kids’ Choice Award ao Oscar). Ficha técnica:

Homem-Aranha 3 (2007)

Foi aqui que o projeto de Raimi desandou. O hype estava lá em cima para a conclusão da trilogia, que seria lançada em maio de 2007, mas alguns problemas surgiram no caminho. Originalmente, o diretor queria que o vilão deste filme fosse apenas o ex-presidiário Flint Marko/Homem-Areia (Thomas Haden Church). Mas aí os estúdios Sony insistiram na inclusão de Eddie Brock (Topher Grace), cujo alter-ego vilanesco é o Venom. E ainda tinha o Harry, que havia decidido assumir (e aprimorar) o manto de Duende para vingar a morte do seu pai. Deu no que deu. Em pouco mais de duas horas, Raimi enfiou: a transformação de Marko em Homem-Areia e o drama entre ele e Peter (foi Flint quem tinha matado o tio Ben); a chegada do simbionte alienígena à Terra, seu impacto sobre Parker e vingança contra ele, por meio de Eddie Brock; a vingança de Harry, que tem amnésia ao sofrer um acidente, recupera a memória, tenta sabotar o relacionamento de Peter com MJ e, no fim, se redime ao ajudá-lo a enfrentar os outros vilões, se sacrificando no processo; as complicações no relacionamento com Mary Jane, que não quer se casar com Peter; e a aparição de Gwen Stacy (Bryce Dallas Howard). Confuso? É porque cada parte dessa história renderia um (bom) filme à parte. Mas como estão empaçocadas num filme só, nenhuma tem a profundidade necessária para fazer você se importar com elas. E, quando você sai do filme, só consegue pensar: “nossa, o que rolou?”. Se Homem-Aranha 2 foi uma aula sobre como fazer uma sequência bem feita, Homem-Aranha 3 serviu de exemplo sobre como não concluir uma trilogia. Apesar de todos esses problemas, o hype pela exibição do filme rendeu uma bilheteria pouco maior que a do primeiro: US$ 894,9 milhões (R$ 4,6 bilhões). Mas a produção não levou prêmios, apesar das 13 indicações que teve. Ficha técnica:

O Espetacular Homem-Aranha (2012)

O ano de 2012 foi um pouco confuso para os fãs da Marvel. No final de abril, o primeiro filme dos Vingadores estreou nos cinemas. Era um momento que faria sentido incluir o Homem-Aranha no MCU. Mas, no começo de julho daquele ano, os fãs receberam O Espetacular Homem-Aranha. Um reboot, que iria contar, de novo, a história de origem do super-herói, só que com vilão e namorada diferentes. Essa foi a empreitada de Marc Webb, que tinha feito sucesso, em 2009, com (500) Dias com Ela. O diretor escalou Andrew Garfield para viver esse Peter Parker repaginado, Emma Stone para dar vida à Gwen Stacy e Rhys Ifans para ser o dr. Curt Connors, que acaba se transformando no vilão Lagarto. Apesar da roupagem pós-2010, com um Peter hipster e Coldplay na trilha sonora, o projeto bebeu (e muito) da trilogia original, do Sam Raimi. Tanto que escrever, resumidamente, sobre a história deste filme rende um texto bem parecido aos parágrafos desta lista dedicados ao plot de Homem-Aranha (2002). Quer ver? O filme mostra como Peter Parker, um adolescente hipster e desajeitado do Queens (um distrito de Nova York), se torna o Homem-Aranha. Logo de cara, ele enfrenta um dos vilões mais tenebrosos do seu panteão: o Lagarto, alter ego psicótico do cientista Curt Connors, chefe da sua crush da escola, Gwen Stacy. Nesta jornada, Parker perde seu pai de criação, o tio Ben Parker (Martin Sheen), e abre mão do amor da sua vida, Gwen. Após terminar seu namoro, Peter passa a viver um dilema: ceder à vontade de estar com ela ou manter a promessa que fez ao pai dela, o capitão da polícia George Stacy (Denis Leary), logo antes de ele morrer. Ele cede à vontade. No quesito história do personagem, o que o filme de Webb realmente acrescenta de significativo e diferente, em comparação ao primeiro filme da trilogia de Raimi, está nos primeiros quatro minutos (e depois espalhado de maneira pontual pelo longa): os pais de Peter, Richard (Campbell Scott) e Mary Parker (Embeth Davidtz). Enquanto o filme de 2002 os menciona muito rapidamente, o de Webb os mostra (embora também rapidamente) e os articula com o desenrolar da história. A química entre Garfield e Emma era excelente, mas não bastou para fazer o reboot brilhar. Só que sua bilheteria nos cinemas chegou perto ao Homem-Aranha do Sam Raimi, lançado em 2002: US$ 758 (R$ 3,9 bilhões). O projeto não recebeu prêmios, mas teve 16 indicações. Ficha técnica:

O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro (2014)

O MCU ainda caminhava, com os lançamentos de Guardiões da Galáxia e Capitão América: Soldado Invernal. Enquanto isso, a Sony, ao invés de incluir o Cabeça de Teia na brincadeira, estava ansiosa para criar seu próprio “universo expandido”. Resultado: a sequência do seu Homem-Aranha virou uma espetacular salada. Isso porque, apesar do título, o filme tem três vilões – e ainda deixa no ar o surgimento de outros dois. O longa começa no dia em que os pais de Peter foram mortos. Depois, vem a formatura do jovem, quando ele decide, de novo, terminar com Gwen para manter sua promessa ao pai dela. Enquanto o casal tenta se resolver, o amigo de infância de Peter, Harry Osborn (Dane DeHaan), volta à Nova York para assumir a Oscorp, após a morte do seu pai, Norman Osborn (Chris Cooper). Enquanto isso, Max Dillon (Jamie Foxx) sofre um acidente de trabalho e vira o Electro. Depois, Harry descobre que, além da empresa e fortuna, herdou do pai uma doença mortal. Ele faz de tudo para encontrar a cura, inclusive se mancomunar a Electro – e, assim, o jovem se transforma no Duende Verde. Enquanto isso, Peter descobre que Norman Osborn sabotou seus pais e que eles morreram ao tentar fugir de mercenários contratados pelo empresário. No fim, Electro e Duende vão atrás do Homem-Aranha, mas quem acaba morrendo, além de Dillon, é a Gwen. Enquanto Parker enfrenta seu luto, Osborn, agora preso num manicômio, começa a montar um grupo de vilões. O primeiro escalado para o time é Aleksei Systsevich (Paul Giamatti), que vira o Rino e serve de gatilho para o Aranha voltar a ativa. No fechamento da história, o diretor colocou várias referências ao Sexteto Sinistro, que seria a ameaça final para concluir sua trilogia. Mas isso não rolou, porque logo em seguida a Sony e os estúdios Marvel finalmente entraram num acordo, Tom Holland entrou em cena e o Teioso entrou para o MCU, ao aparecer em Capitão América: Guerra Civil, em 2016. Tudo isso transformou o final de O Espetacular Homem-Aranha 2 num grande “poderia ter sido”, no estilo Snyder Cut da Liga da Justiça. Mas o filme rendeu uma bilheteria de US$ 709 milhões (R$ 3,6 bilhões) e prêmio de atriz de cinema favorita do Kids’ Choice Awards, da Nickelodeon, para Emma Stone. Ficha técnica:

Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)

Este é o Homem-Aranha “geração z”, que tem patrocinador – o Tony Stark/Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) – e é engajado nas mídias sociais. O filme marca o ponto em que, com uma ajudinha dos estúdios Marvel, a franquia voltou a pensar a longo prazo. E, apesar de ser o primeiro filme do que seria uma trilogia, não conta a história de origem do super-herói (coisa que os fãs, a essa altura, já estavam cansados de saber). Quem ficou a cargo de contar esse pedaço novo – e mais complicado – da história do Aranha no cinema foi o diretor Jon Watts, que, até então, tinha experiência com terror (Clown, 2014) e suspense (A Viatura, 2015). Um background parecido ao de Sam Raimi no começo dos anos 2000, mas que rendeu um filme do Aranha muito distinto. Como tudo pensado para a “geração z”, o filme tem um ritmo acelerado e traz muitas referências à cultura pop. E como todas as produções do MCU, o enredo deste acontece em meio a um contexto complexo de eventos. No caso deste, o contexto é: os Vingadores brigaram e se separaram. É o meio da Fase Três da Saga do Infinito, pouco antes dos eventos de Vingadores: Guerra Infinita. Em Homem-Aranha: De Volta Para Casa, a jornada de Peter é para provar seu valor ao seu mentor (além de ídolo e figura paterna) Tony Stark e a si mesmo. É uma história simples, mas bem contada e com performances incríveis de Holland e Michael Keaton, que vive Adrian Toomes, o vilão Abutre. Jacob Batalon e Zendaya – que deram vida, respectivamente, à Ned Leeds, melhor amigo de Peter, e Michelle Jones, a “nova MJ” – também roubam a cena nos momentos em que aparecem. O filme de Watts teve uma recepção calorosa do público. Nos cinemas, rendeu uma bilheteria de US$ 880 milhões (R$ 4,6 bilhões). Já nas premiações, teve sete indicações, mas não levou nenhuma. Ficha técnica:

Homem-Aranha no Aranhaverso (2018)

Três anos antes da Saga do Multiverso começar no MCU, a animação Homem-Aranha no Aranhaverso explorou o conceito de realidades (e “pessoas-aranha”) alternativas de maneira primorosa. A animação contou, pela primeira vez no cinema, a história de origem de Miles Morales (Shameik Moore), que ganha poderes aracnídeos e vira discípulo de um Peter Parker (Jake Johnson) para se tornar um Homem-Aranha. Assim, o longa mistura o ritmo de descoberta de poderes – de Homem-Aranha (2002) e O Espetacular Homem-Aranha (2012) – com a jornada de provar seu valor – de Homem-Aranha: De Volta Para Casa (2017). No caso da animação, Miles quer provar seu valor para o seu grupo de Aranhas: Peter Parker/Homem-Aranha, Gwen Stacy (Hailee Steinfeld), Homem-Aranha Noir (Nicolas Cage), Peni Parker (Kimiko Glenn) e Porco-Aranha (John Mulaney). E os diretores Peter Ramsey, Bob Persichetti e Rodney Rothman embalaram essa jornada numa estética autêntica, muito influenciada pelos estilos de cada versão do herói nas HQs, que conquistou os corações tanto de quem já era fã do super-herói (seja a versão que for) quanto de quem deu uma chance ao filme por ter ficado encafifado com o conceito. Resultado: o trio de diretores fez escola, de forma que é possível ver a influência do seu projeto em diversas animações lançadas nos anos seguintes e até nas que ainda vão estrear (por exemplo: Gato de Botas 2: O Último Pedido, que está previsto para chegar aos cinemas em janeiro de 2023). Em comparação aos outros filmes desta lista, Homem-Aranha no Aranhaverso foi o que teve a menor bilheteria nos cinemas: US$ 375,5 milhões (R$ 1,9 bilhão). Em contrapartida, foi o único que levou um Oscar e um Globo de Ouro (ambos de melhor filme de animação). O longa também acumulou 24 indicações, das quais levou 15 (contando com o Oscar e Globo de Ouro já citados). Fica ligado que em breve teremos o Aranhaverso 2!  Ficha técnica:

Homem-Aranha: Longe de Casa (2019)

Este filme desempenha duas funções. A primeira é dar sequência à jornada de Peter Parker no MCU (dã). A segunda é servir de prelúdio para a Saga do Multiverso – a Fase Quatro do universo expandido da Marvel, que compreende tudo que foi lançado do filme da Viúva Negra em diante. Por ter sido lançado apenas dois meses após Vingadores: Ultimato, a conclusão épica da Saga do Infinito, o longa não pretendia oferecer algo grandioso ao público – afinal, era impossível, na época, trazer algo maior do que aquela epopeia com o Thanos. Ao invés disso, Watts contou uma história intrigante sobre amadurecimento, com plot twist e final bombástico – para a vida de Peter, pelo menos. Nesta sequência, Peter passa por uma jornada para deixar de fugir do luto pela morte de Tony Stark e enfrentar as perguntas que ela levantou sobre o futuro dos Vingadores e demais heróis. Para isso, ele enfrenta o vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal) e, em paralelo, progride no relacionamento com MJ. Nos minutos finais, quando tudo parecia resolvido, o jovem teve sua identidade secreta revelada por J. Jonah Jameson (novamente vivido por J. K. Simmons, mas sem topete dessa vez) no Clarim Diário. Os números e premiações mostram que a aposta de Watts deu certo. No quesito bilheteria, o filme rendeu, na época, a maior que um filme solo do Homem-Aranha tinha tido: US$ 1,1 bilhão (R$ 5,7 bilhões). Já nas premiações, foram 17 indicações, das quais a produção levou sete. Ficha técnica:

Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (2021)

O que o Ultimato foi para os fãs do MCU, Sem Volta para Casa foi para os fãs de Homem-Aranha. A conclusão épica da trilogia de Jon Watts fez história por muitos motivos. O principal foi conseguir colocar Tobey Maguire e Andrew Garfield, enquanto suas respectivas versões de Peters Parkers/Homens-Aranha, no projeto. Considerando a cronologia do MCU, o filme fica na metade da Fase Quatro da Saga do Multiverso. Na prática, seu enredo dá o pontapé inicial para a saga. É como se o Sem Volta para Casa levantasse a bola para Doutor Estranho no Multiverso da Loucura cortar. Não atoa, é justamente o Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) quem lança o feitiço que,  por conta da tagarelice de Peter, sai meio errado e abala as estruturas do multiverso. Depois que o feitiço dá errado, personagens de outros universos (leia-se: outras franquias) começam a pipocar pela cidade. Primeiro, aparecem os vilões: Doutor Octopus (Alfred Molina), Duende Verde (Willem Dafoe), Homem-Areia (Thomas Haden Church), Electro (Jamie Foxx) e Lagarto (Rhys Ifans). Depois, os Parkers de Garfield e Maguire. Entre essas aparições, o Duende mata a tia May, o que joga Peter (de Holland) num lugar bem sombrio. O ato final do filme consiste nos Homens-Aranha trabalharem juntos para, veja você, salvar os vilões e consertar as rachaduras no multiverso. Só que, nesse processo, Peter (de Holland) precisa fazer um último sacrifício: para que tudo voltasse ao normal, todos teriam que esquecer a existência dele (justo o que ele queria evitar no começo do filme). No fim, ele vira um Homem-Aranha “raiz”, que mora sozinho num apartamento modesto, costurou o próprio traje e leva, em segredo, uma vida dupla. Assim, a trilogia de Jon Watts funciona, na verdade, como a história de origem do Homem-Aranha do MCU. O sucesso do terceiro filme de Watts foi estrondoso. Nos cinemas, a bilheteria do filme rendeu, até a publicação desta reportagem, US$ 1,9 bilhão (R$ 9,9 bilhões) – a maior, até o momento, a ser arrecada por um filme solo do Homem-Aranha; e uma das maiores de todos os tempos (no top 10, ela está em sexto lugar). O hype que o filme levantou foi tanto que a Marvel lançou, em 7 de setembro de 2022 – isto é, menos de um ano depois do lançamento oficial – uma versão estendida para os cinemas. O novo corte tem 11 minutos a mais que o original e já chegou ao topo das bilheterias nos EUA. Ficha técnica:

Título: Homem-Aranha: Sem Volta Para CasaEstreia: 16 de dezembro de 2021Direção: Jon WattsElenco: Tom Holland (Peter Parker/Homem-Aranha), Andrew Garfield (Peter Parker/Homem-Aranha), Tobey Maguire (Peter Parker/Homem-Aranha), Willem Dafoe (Norman Osborn/Duende Verde), Alfred Molina (Otto Octavius/Doutor Octopus), Thomas Haden Church (Flint Marko/Homem-Areia), Rhys Ifans (dr. Curt Connors/Lagarto), Jamie Foxx (Max Dillon/Electro), Zendaya (Michelle Jones), Jacob Batalon (Ned Leeds), Marisa Tomei (May Parker), Benedict Cumberbatch (Doutor Estranho)Bilheteria: US$ 1,9 bilhão (R$ 9,9 bilhões)Onde assistir: HBO Max, YouTube (a partir de R$ 24,90), Google Play Filmes e TV (a partir de R$ 24,90) e Apple TV (a partir de R$ 34,90).

Vilões (Venom e Morbius)

O que seria de um super-herói sem seu panteão de vilões? Afinal, os personagens “do mal” são cruciais para o amadurecimento dos mocinhos. No caso do Homem-Aranha, ele é um dos únicos super-heróis cujos vilões ganharam filmes solo, no estilo anti-herói. Até a publicação desta reportagem, a Sony lançou três filmes: dois sobre o simbionte Venom e um sobre o vampiro Morbius. Vamos relembrá-los:

Venom (2018)

O primeiro filme do Venom, personagem que já tinha aparecido em Homem-Aranha 3 (2007), chegou aos cinemas em outubro de 2018. Dirigido por Ruben Fleischer (Zumbilândia), o longa cinzento colocou Tom Hardy para interpretar o jornalista decadente (mas idealista) Eddie Brock, que ganha poderes ao se fundir com o simbionte alienígena Venom. Nesta história, o vilão do vilão foi o empresário Carlton Drake (Riz Ahmed), que se funde com um outro simbionte alienígena chamado Riot. O projeto rendeu US$ 856 milhões (R$ 4,4 bilhões) e uma indicação ao prêmio de melhor beijo no MTV Movie Award. Ficha técnica:

Venom: Tempo de Carnificina (2021)

Filmes do (e relacionados ao) Homem-Aranha tomaram 2021 de assalto. Além de Sem Volta para Casa, foi o ano em que estreou a sequência de Venom, no começo de outubro. Dessa vez dirigido por Andy Serkis (o Gollum da franquia Senhor dos Anéis e César de Planeta dos Macacos), o filme trouxe uma paleta de cores mais vívida não só para as cenas, mas para o relacionamento entre Brock e o simbionte Venom. Como o título já entrega, o vilão deste é Carnificina, o pedaço de Venom que toma conta do serial killer Cletus Kasady (Woody Harrelson). Apesar de ser um filme mais interessante que seu antecessor, não foi tão bem recebido nos cinemas. Sua bilheteria foi de US$ 507 milhões (R$ 2,6 bilhões) e teve duas indicações no People’s Choice Award, mas não levou prêmio em nenhuma. Ficha técnica:

Título: Venom: Tempo de CarnificinaEstreia: 7 de outubro de 2021Direção: Andy SerkisElenco: Tom Hardy (Eddie Brock/Venom), Michelle Williams (Anne Weying), Woody Harrelson (Cletus Kasady), Naomi Harris (Shriek), Stephen Graham (detetive Mulligan)Bilheteria: US$ 507 milhões (R$ 2,6 bilhões)Onde assistir: HBO Max, YouTube (a partir de R$ 24,90), Google Play Filmes e TV (a partir de R$ 24,90) e Apple TV (a partir de R$ 34,90).

Morbius (2022)

De todos os títulos citados nesta categoria, este foi o menos bem-sucedido, mesmo tendo peças para dar certo. O diretor escalado para tocar o projeto, Daniel Espinosa, tinha experiência em contar histórias de ficção e terror (Vida, de 2017). E o elenco trazia figuras talentosas e premiadas: Jared Leto (que levou o Oscar, em 2014, pela sua performance em Clube de Compras Dallas) e Matt Smith (que interpretou um dos doutores de Doctor Who e agora estrela como Daemon Targaryen em A Casa do Dragão, na HBO). Tinha tudo para dar bom, mas deu ruim tanto crítica quanto comercialmente. O que dá para se dizer de Venom – que a graça dos filmes é a performance de Tom Hardy no papel – não dá para falar de Morbius. A performance de Leto como o dr. Michael Morbius é insípida, enquanto a de Smith rendeu momentos quase tão cringe quanto aquela dancinha do Tobey Maguire em Homem-Aranha 3. Resultado: rendeu apenas US$ 164 milhões de bilheteria (R$ 844 milhões) – mesmo tendo sido relançado – e uma montanha de memes. Ficha técnica:

Título: MorbiusEstreia: 31 de março de 2022Direção: Daniel EspinosaElenco: Jared Leto (Michael Morbius), Matt Smith (Loxias Crown/Milo), Adria Arjona (Martine Bancroft), Jared Harris (Emil Nikos), Tyrese Gibson (Simon Stroud)Bilheteria: US$ 164 milhões (R$ 844 milhões)Onde assistir: HBO Max, YouTube (a partir de R$ 24,90), Google Play Filmes e TV (a partir de R$ 24,90) e Apple TV (a partir de R$ 44,90).

Desenhos

Além das páginas das HQs e poltronas do cinema, existe outro lugar em que fãs em potencial podem conhecer o Homem-Aranha e quem já é fã pode conhecer mais aventuras dele: a sala de casa. É que, além dos filmes, o Cabeça de Teia já teve dez desenhos lançados – e tem mais um no forno, Spider-Man: Freshman Year (“Homem-Aranha: Primeiro Ano”, em tradução livre), que deve estrear em 2024. Aliás, a história dos desenhos do Teioso é bem mais antiga que a dos filmes. Ela começa em 1967, 35 anos antes do super-herói debutar nas salas de cinema. Embora o material que serve de fonte seja o mesmo, cada desenho teve seu estilo. E pelo menos um deve ter marcado a sua infância. Relembre abaixo todos os desenhos do Homem-Aranha (e onde assisti-los):

Homem-Aranha (1967-1970)

Você pode não ter assistido esse desenho, mas, com certeza, conhece uma cena dele e a música da abertura. É impossível falar sobre o primeiro desenho do Aranha sem falar da cena em que um Homem-Aranha aponta para o outro – que rendeu um dos maiores memes da internet, servindo de referência até hoje para animações e filmes – e sua música-tema. Nos EUA, o desenho chegou às telas das TVs por meio da emissora ABC, que transmitiu seus 52 episódios (divididos em três temporadas) de 9 de setembro de 1967 a 14 de junho de 1970. A produtora Grantay & Lawrence que lançou a primeira temporada do desenho, em associação com a Kratz Animation. Já as outras duas foram produzidas pela Ralph Bakishi. Aqui no Brasil, a transmissão ficou a cargo da Rede Globo. Onde assistir: o desenho não está disponível em nenhum serviço de streaming no Brasil, mas dá para assistir alguns episódios dublados no Dailymotion.

Homem-Aranha (1981-1982)

Este teve vida mais curta que o seu antecessor e nem chegou às emissoras do Brasil, mas tem sua relevância para a história do super-herói na TV. O que seus 22 episódios trouxeram de novidade para o público que acompanhava as aventuras do Cabeça de Teia pela TV foram os crossovers com outros super-heróis da Marvel (por exemplo: Capitão América e Namor). Isso se tornaria uma tendência nos seus sucessores no começo dos anos 2000 e, principalmente, na década de 2010. Onde assistir: o desenho não está disponível em nenhum serviço de streaming no Brasil, mas dá para assistir alguns episódios dublados no YouTube.

Homem-Aranha e seus Incríveis Amigos (1981-1983)

Falando em crossover, toda a dinâmica deste desenho, que é uma sequência do anterior citado nesta lista, se baseia entre o Homem-Aranha, o Homem de Gelo (dos X-Men) e a Flama, uma mutante criada exclusivamente para a série. Daí o nome. Por conta dessa dinâmica, o trio enfrentava vilões tanto do panteão do Teioso quanto de outros super-heróis, como os outros X-Men. Aliás, o grupo passou a aparecer com frequência nos episódios. O desenho rendeu 24 episódios, divididos em três temporadas – transmitidas, nos EUA, pela NBC de 12 de setembro de 1981 a 5 de novembro de 1983; e aqui no Brasil pela Rede Globo e Fox Kids. Onde assistir: o desenho não está disponível em nenhum serviço de streaming do Brasil, mas dá para assistir a um episódio dublado no Dailymotion.

Homem-Aranha (1994-1997)

A partir daqui, o humor galhofa das décadas anteriores sai de cena e abre espaço para drama e relações entre personagens. Este é o desenho “clássico” do Homem-Aranha, considerado um dos mais populares do super-herói. O desenho traz aventuras do Cabeça de Teia com vilões icônicos (Duende Verde e Venom, por exemplo) e aliados importantes (Gata Negra, Madame Teia e Demolidor, para citar alguns). Mas também explora as dificuldades de Peter Parker, um jovem adulto com relacionamento com Mary Jane e emprego no jornal Clarim Diário para manter. A aposta numa abordagem mais madura e complexa deu certo, porque o desenho ficou no ar por cinco anos, entre 1994 e 1997, e rendeu 65 episódios, distribuídos em cinco temporadas, transmitidas pela Rede Globo e Fox Kids no Brasil. Onde assistir: Disney+

Homem-Aranha: Ação Sem Limites (1999)

A pegada cyberpunk tentou recriar o sucesso, na época, de Batman Beyond, mas não deu certo. No desenho, o Homem-Aranha acaba preso na Contra-Terra, uma versão mais tecnológica e futurista numa realidade alternativa, ao ajudar o astronauta John Jameson, filho de J. J. Jameson, quando Venom e Carnificina atacam sua expedição. O conceito era interessante e tinha potencial, mas o público não comprou a ideia, talvez pelo traje “diferentão” demais, talvez por não usar uma versão mais conhecida do super-herói (como o 2099, por exemplo). Fato é que o desenho rendeu apenas uma temporada de 13 episódios. Onde assistir: Disney+

Homem-Aranha: A Nova Série Animada (2003)

Este desenho é… peculiar. A ideia original era adaptar as histórias do selo Ultimate do Homem-Aranha nas HQs. Até aí, tudo bem. Mas o sucesso meteórico do primeiro filme do Sam Raimi e o lançamento próximo do Homem-Aranha 2 trouxeram mudanças para o projeto, que ficou esquisito. A produção do desenho repensou seu enredo para tentar amarrá-lo, de alguma forma, à história do primeiro filme. Por isso, a série começa logo depois da morte do Duende Verde, com Harry Osborn destilando ódio pelo Homem-Aranha e Peter tentando construir um relacionamento com Mary Jane. Já no quesito estético, apostaram na animação 3D, que, por conta das limitações técnicas da época, não ficou legal. Assim como o Ação Sem Limites, a Nova Série Animada rendeu apenas uma temporada de 13 episódios. Mas rendeu, também, um fato curioso: quem dublou o Peter Parker na versão original foi o ator Neil Patrick Harris (o Barney, de How I Met Your Mother). Onde assistir: o desenho não está disponível em nenhum serviço de streaming do Brasil, mas dá para assistir seis episódios no YouTube.

O Espetacular Homem-Aranha (2008)

A produção de O Espectacular Homem-Aranha fez a lição de casa, com o desenho de 1994, e reproduziu seus acertos, trazendo ação e relações humanizadas entre personagens. Só que, desta vez, a série abordou a adolescência de Peter Parker. O traço fluído do desenho permitiu sequências de ação que fazem jus ao título, por serem espetaculares (inclusive, com várias referências às cenas mais populares da trilogia de Sam Raimi). E o cuidado da direção e roteiristas trouxe histórias boas e bem contadas. Não atoa, O Espetacular Homem-Aranha é, até hoje, um dos desenhos mais queridos do Teioso, mesmo tendo tido vida curta (26 episódios, distribuídos em duas temporadas). Onde assistir: Netflix

Ultimate Spider-Man (2012-2016)

Lembra da intenção, lá em 2003, em adaptar as aventuras do selo Ultimate para a TV? Levou quase dez anos, mas ela saiu do papel e foi para o canal DisneyXD – só que, de novo, com vários elementos dos filmes da época. O enredo deste é bem ligado à S.H.I.E.L.D, que estava em alta entre os fãs por conta do primeiro Vingadores, e traz crossovers com super-heróis da Marvel, até então, não muito conhecidos (por exemplo: Nova, Tigresa Branca e Punho de Ferro). Surfando na onda crescente do MCU (e da compra da Marvel pela Disney), o projeto rendeu um desenho divertido, só que com uma pegada mais infantilizada, em comparação ao seu antecessor. É uma espécie de Deadpool (porque apostaram na metalinguagem e quebra frequente da quarta parede) para crianças. A escolha em carregar no humor e ação deixou o desenvolvimento dos personagens mais superficial – daí o apelo maior com crianças. Mas talvez esse tenha sido o motivo da sua vida mais longa, em comparação aos outros desta lista. Entre 2012 e 2016, o desenho rendeu impressionantes 106 episódios, divididos em quatro temporadas. Fato interessante: quem dublou o Peter Parker na versão original deste desenho foi o ator Drake Bell (muito conhecido por Drake & Josh). Onde assistir: Disney+

Homem-Aranha (2017-2020)

A esta altura, já deu para perceber que, a partir do começo dos anos 2000, a história dos desenhos do Homem-Aranha passou a andar lado a lado com os lançamentos do Teioso (e sucesso deles) no cinema. No caso deste desenho, as principais influências foram os filmes estrelados por Tom Holland e a animação focada no Aranhaverso. E, eventualmente, o jogo do Aranha, lançado, a princípio, para PlayStation, em setembro de 2018. A graça deste desenho é que ele vai além das questões relacionadas à vida dupla do Peter Parker adolescente, trazendo outras “pessoas-aranha” para a história – Miles Morales e Aranha-Fantasma, por exemplo – e outros super-heróis da Marvel, como o Homem de Ferro. Em três anos de produção, o desenho rendeu 64 episódios, divididos em três temporadas. Onde assistir: Disney+

Spidey e seus Amigos Espetaculares (2021)

Este é mais um desenho que existe, da forma que é, graças ao sucesso da animação Homem-Aranha no Aranhaverso. Só que este é o mais infantilizado desta lista, com animação 3D de bonequinhos fofos e cabeçudos. Nele, Parker se junta a Morales e Gwen para formar a “Equipe Spidey”, grupo que, vez ou outra, também conta com ajuda de algum dos Vingadores para enfrentar os vilões. O desenho tem uma temporada, com 25 episódios e 50 histórias (é que cada episódio, apesar de ter apenas 26 minutos, traz duas histórias). Onde assistir: Disney+

Os games do Homem-Aranha

Além de HQs, filmes e séries, o nosso querido herói não poderia deixar de aparecer noutro formato: os jogos. Desde os anos 70 para cá, o interesse e a procura pela indústria dos games só vem aumentando. Excepcionalmente, nos últimos anos, os jogos digitais têm servido de base para movimentar um grande nicho de pessoas que trabalham ou buscam lazer através das várias plataformas disponíveis. Coincidência ou não, o Homem-Aranha estreou nos videogames 10 anos depois do lançamento do primeiro console do mundo, Magnavox Odyssey. Por ser uma figura muito popular, não é difícil apontar alguns clássicos que marcaram época e que, provavelmente, jogadores de diferentes idades já devem ter cruzado. Venha conosco nessa recapitulação de games do homem-aranha — e onde encontrar os títulos modernos para você jogar.

Spider-Man (1982) | Atari 2600

O primeiro jogo do Homem-Aranha é um homônimo lançado para o lendário Atari 2600 em 1982. Nele, o jogador precisava controlar o herói para escalar um prédio e desarmar a bomba do Duende Verde. De costas, o design do spider-man era pixelizado e totalmente simples, como se deve imaginar. Por outro lado, este jogo entreteve e foi muito importante para a época, não só por ser a primeira vez do teioso, mas também porque era a estreia de um personagem da Marvel no mundo dos videogames.

Questprobe Featuring Spider-Man (1984) | Atari 8-bit, Commodore 16, Commodore 64

O segundo lançamento trazia Homem-Aranha em uma história baseada nos quadrinhos da época, na qual personagens como Homem-Areia e Homem-Hídrico apareciam para atrapalhar o dia de Peter Parker. O jogo foi lançamento para os computadores mais primitivos — que, na época, eram inovadores.

The Amazing Spider-Man and Captain America in Dr. Doom’s Revenge (1989) | Commodore 64

Como o nome sugere, Homem-Aranha se une a Capitão América para deter o plano de dominação do Doutor Destino. Este é o primeiro jogo side scrolling, isto é, de rolagem lateral, com elementos de luta do herói.

The Amazing Spider-Man (1990) | Amiga CD32, Atari ST, Commodore 64

Lançado para os computadores populares da época, The Amazing Spider-Man é um jogo simples em que o Homem-Aranha precisa atravessar cenários enquanto resolve puzzles. Um belo passatempo.

The Amazing Spider-Man (1990) | Game Boy

Apesar de compartilhar o exato título e ano de lançamento, este jogo de Game Boy possui uma proposta diferente do anterior. Aqui, encontramos um game de ação e plataforma em preto e branco desenvolvido pela Rare, conhecida posteriormente pelos trabalhos em Donkey Kong Country e o atual Sea of Thieves.

The Amazing Spider-Man vs. The Kingpin (1990) | Mega Drive, Master System, Game Gear, Sega CD

Mais um jogo sob o título The Amazing Spider-Man, dessa vez desenvolvido pela Sega, o que resulta na porta de entrada para o Homem-Aranha nos consoles da empresa. Este game foi um dos responsáveis pela popularização do Mega Drive no início dos anos 90. A trama segue o herói em busca de frear o Rei do Crime.

Spider-Man The Video Game (1991) | Arcade

O Homem-Aranha ganhou um jogo beat ’em up de peso para o Arcade. Aqui, a ‘porradaria’ reinou de fato em um título envolvente que, pela primeira vez, suportava até quatro jogadores. Gavião Arqueiro, Black Cat e Namor também eram figuras jogáveis e possuíam habilidades particulares.

The Amazing Spider-Man 2 (1992) | Game Boy

Esta é a primeira sequência de um jogo do Homem-Aranha. Em 1992, o Game Boy recebeu a sequência de The Amazing Spider-Man, cuja mudança principal era a adição de puzzles além da ação. Apesar da novidade, o título não repercutiu tão bem quanto seu antecessor.

Spider-Man: Return of the Sinister Six (1992) | Master System, NES, Game Gear

Também em 1992, o Amigão da Vizinhança apareceu em Return of the Sinister Six, que consistia basicamente em uma série de desafios para o herói envolvendo seis vilões famosos (como Doutor Octopus, Mysterio e mais).

Spider-Man and the X-Men in Arcade’s Revenge (1992) | Mega Drive, Super NED, Game Boy, Game Gear

Neste jogo de plataforma, Spider-Man se une com os heróis da franquia X-Men para o seu segundo crossover dos videogames. Wolverine, Tempestade, Ciclope e mais participam da jornada.

Spider-Man 3: Invasion of the Spider-Slayers (1993) | Game Boy

Invasion of the Spider-Slayers é o encerramento da trilogia para o Game Boy. Com um título diferente do restante, o estilo é basicamente o mesmo, ação e plataforma. O que muda são os puzzles e inimigos.

Spider-Man and Venom: Maximum Carnage (1994) | Mega Drive, Super NES

Chegamos a um dos jogos mais queridos pelos fãs de longa data. Maximum Carnage reúne Homem-Aranha e Venom em uma única narrativa para deter Carnificina. Ambos os protagonistas são jogáveis, e por isso a dinâmica se tornou muito popular na época.

The Amazing Spider-Man: Lethal Foes (1995) | Super Famicom

Lançado apenas para o mercado japonês em 1995, Lethal Foes traz uma evolução dos gráficos, graças ao console Super Famicom, e um estilo de ação e plataforma recheado de possibilidades. Os vilões mais famosos se reúnem mais uma vez para contracenar com o teioso.

Spider-Man/Venom: Separation Anxiety (1995) | Mega Drive, Super Nintendo, PC

Sequência de Maximum Carnage, Separation Anxiety traz de volta Spider-Man e Venom em busca de derrotar não só o Carnificina, mas também outros simbiontes criados por uma companhia intitulada “Fundação Vida”. O jogo é construído no estilo beat ’em up.

Spider-Man (1995) | Super NES, Mega Drive

Spider-Man, de 1995, é mais um jogo clássico que reúne as principais figuras deste universo. Este é um título lançado para Mega Drive e Super Nintendo, e cada versão trazia fases exclusivas, estimulando o fator replay aos jogadores.

The Amazing Spider-Man: Web of Fire (1996) | Sega 32X

Lançado exclusivamente para o console Sega 32X, Web of Fire é um jogo de ação e aventura, construído em side scrolling. Este é um daqueles que não são muito comentados ou relembrados pela comunidade, talvez por conta de poucas cópias e seu acesso restrito na época.

Spider-Man (2000) | PS1, Game Boy Color, Nintendo 64, Dreamcast

Spider-Man, de 2000, é muito relevante por alguns motivos. Primeiro, este é o primeiro jogo do Homem-Aranha em 3D. Segundo, ele foi um título muito popular, especialmente a versão de PlayStation 1, que estava presente na casa de muitos gamers. Por fim, ele foi desenvolvido pela antiga Neversoft, responsável pelos lendários jogos de Tony Hawk Pro Skater. Um estúdio de prestígio criando com um herói como este foi uma receita de sucesso.

Spider-Man 2: Enter Electro (2001) | PS1

A sequência do jogo de sucesso trouxe Electro como o principal vilão de Homem-Aranha. Este é um título que evolui em muitas coisas, desde a caracterização dos personagens a novos cenários. Aqui, era possível jogar nas ruas nova-iorquinas, por exemplo.

Spider-Man: Mysterio’s Menace (2001) | Game Boy Advance

Mysterio’s Menace é mais uma história Spider-Man que, dessa vez, chegava ao Game Boy Advance, a plataforma portátil da Nintendo. Seu estilo segue o comum (mas funcional) padrão de side scrolling. O título foi desenvolvido pela Vicarious Visions, mais famosa recentemente pelo trabalho de remasterização de Tony Hawk’s Pro Skater, Crash Bandicoot e Diablo II.

Spider-Man: The Movie (2002) | PS2, Xbox, Game Cube, Game Boy Advance, PC

Na nova geração de consoles da época, começam os jogos lançados em paralelo com os filmes de Tobey Maguire. Spider-Man: The Movie é um clássico que muita gente jogou. Sua jogabilidade é destacada principalmente pelo combate divertido. Um belo reboot da franquia.

Spider-Man 2 (2004) | PS2, Xbox, Nintendo DS, Game Cube, Game Boy Advance, PC

Dois anos depois, o segundo Spider-Man apresenta uma novidade em relação aos outros: é a primeira vez que um jogo do herói introduz um mundo aberto. A cidade inteira de Nova York pode ser explorada, das grandes às pequenas missões. É considerado um dos melhores da saga.

Ultimate Spider-Man (2005) | PS2, Xbox, Nintendo DS, Game Cube, Game Boy Advance, PC

Situado também em um mundo aberto, Ultimate Spider-Man é uma versão em gráficos cartunescos da série Ultimate dos quadrinhos, no qual Peter Parker é mais jovem. O jogador pode escolher o lado do herói ou de Venom, vilão da história.

Spider-Man 3 (2007) | PS3, PS2, PSP, Xbox 360, Nintendo DS, Wii, PC

Spider-Man 3 é o último título da trilogia inspirada nos filmes. A principal novidade é a possibilidade de vestir o uniforme preto, que concede maior poder e força. Venom retorna para cravar um fim na trama, além dos famosos Lagarto, Escorpião e mais.

Spider-Man: Friend or Foe (2007) | PS2, PSP, Xbox 360, Nintendo DS, Wii, PC

Este título tenta fazer uma releitura da trilogia inspirada nos filmes, reunindo tramas e personagens em um só lugar. No entanto, ele não foi muito bem recebido pela crítica e pelos fãs, que acabaram deixando-o de lado.

Spider-Man: Web of Shadows (2008) | PS3, PS2, Xbox 360, Nintendo DS, Wii, PC

Web of Shadows é reconhecido por ter uma evolução significativa no que diz respeito aos gráficos. Até porque o jogo foi disponibilizado para PlayStation 3 e Xbox 360, considerados os mais potentes na época. Aqui, Peter Parker precisa acabar com uma invasão de simbiontes em Nova York. A história introduz ainda outros personagens, como Abutre e Luke Cage.

Spider-Man: Shattered Dimensions (2010) | PS3, Xbox 360, Nintendo DS, Wii, PC

Shattered Dimensions foi o primeiro jogo do Homem-Aranha a introduzir o multiverso e as diferentes versões do herói. O jogador controla quatro versões do teioso, que precisam reunir fragmentos antes do vilão Mysterio.

Spider-Man: Edge of Time (2011) | PS3, Xbox 360, Nintendo DS, Nintendo 3DS, Wii, PC

Sequência do anterior, Edge of Time é um título que apresenta dois Homem-Aranha, o do presente e um de 2099. Com uma abordagem mais futurista, o jogador consegue usar artifícios tecnologicamente evoluídos para enfrentar seus inimigos.

The Amazing Spider-Man (2012) | PS3, PS Vita, Xbox 360, Nintendo DS, Nintendo 3DS, Wii, Wii U, PC

Em 2012, começou mais uma leva de jogos inspiradas no cinema. The Amazing Spider-Man segue a mesma história vivida por Andrew Garfield nas telinhas. O vilão da vez é Lagarto. Muito elogiadas anteriormente, as mecânicas de mundo aberto voltaram aqui.

The Amazing Spider-Man 2 (2014) | PS4, PS3, PS Vita, Xbox 360, Xbox One, Nintendo 3DS, Wii U, PC

The Amazing Spider-Man 2 foi uma sequência dos videogames que não sustentou muito bem sua proposta. Fãs criticaram a existência de muitos bugs, além da reciclagem de muitas ferramentas utilizadas no primeiro game. Coincidentemente, o filme não foi muito bem e encerrou a participação de Andrew no papel do herói. A saga não completou sua trilogia com o último filme.

Spider-Man Unlimited (2014) | Android, iOS, Windows Phone

A Gameloft usou o popular herói para criar um jogo mobile, lançado para as três principais plataformas de smartphones da época. O game adapta o estilo de corrida infinita, que era um sucesso na época, para por Homem-Aranha à prova. Outros jogos parecidos que reinavam na época eram Subway Surfers e Temple Run 2, por exemplo.

Marvel’s Spider-Man (2018) | PS4

Quatro anos depois de um lançamento para consoles, o Amigão da Vizinhança retornou com um dos jogos mais prestigiados dos últimos tempos. Marvel’s Spider-Man é um jogo desenvolvido pela Insomniac Games e lançado na época com exclusividade para PlayStation 4. O título situa Peter Parker no belíssimo e interativo mundo aberto de Nova York que acaba de prender o Rei do Crime, mas precisa lidar com uma guerra entre facções, ocasionada por essa captura. Dos gráficos à construção da narrativa, tudo é muito bem polido. O jogo foi um sucesso e recebeu sete indicações ao The Game Awards 2018, incluindo Jogo do Ano. Hoje, ele pode ser jogado hoje no console e no PC. Vale lembrar que, em 2017, a Sony Pictures iniciou um reboot do herói nos cinemas com Tom Holland e Zendaya. Mas, dessa vez, as empresas de jogos escolheram não desenvolver uma franquia paralela para videogames, o que funcionou neste caso.

Marvel’s Spider-Man: Miles Morales (2020) | PS5, PS4

Miles Morales é uma sequência direta considerada pelos fãs como “muito grande para uma DLC e muito pequena para um lançamento standalone“. De qualquer forma, este é um título à parte que segue os passos do novo Homem-Aranha de Nova York, o Miles Morales, que precisa cuidar da cidade enquanto Peter tira férias. Tudo o que deu certo no primeiro jogo foi replicado aqui e algumas formas foram até melhoradas. Além disso, os personagens são extremamente carismáticos. O título teve três indicações ao The Game Awards 2020.

Marvel’s Spider-Man 2 (2023) | PS5

Chegamos ao último jogo da nossa lista principal! — que, inclusive, ainda nem lançou, mas já cria altas expectativas. Marvel’s Spider-Man 2 é uma sequência que considera os dois últimos títulos lançados pela Insomniac para sua concepção. Tudo que sabemos é que, conforme revelado em um trailer durante a PlayStation Showcase 2021, Venom fará sua estreia na história como vilão. Os fãs esperam prestigiar um jogo excelente e primoroso, já que ele está sendo desenvolvido para a atual geração do PlayStation 5.

Alguns jogos paralelos com o Homem-Aranha

Nós acabamos de listar a linha principal de lançamentos do Spider-Man, mas existem uma série de outros jogos que envolvem o nome do herói. Um deles, por exemplo, é The Revenge of Shinobi, de 1989, que traz Homem Aranha em uma das fases. Outra participação memorável é em The Punisher: The Ultimate Payback, de 1991. Por outro lado, também jogos muito famosos que dividem o holofote para vários heróis da Marvel, como, por exemplo, Marvel: Ultimate Alliance, um famoso RPG de 2006 com um combate muito dinâmico. Marvel Nemesis: Rise of the Imperfects, de 2005, traz uma seleção de heróis e vilões em uma trama sombria e diferente. Precisamos citar também a franquia Marvel vs. Capcom, em que Homem-Aranha é presente em todos os lançamentos. Este é um jogo muito popular e de extrema relevância para o estilo arcade de luta. Por fim, temos Marvel’s Avengers, o RPG da Square Enix que, apesar de suas críticas, tem o seu apelo. Esses são alguns exemplos em que Homem-Aranha marca presença. Sua figura é mundialmente reconhecida e, sobretudo, respeitada por aqueles que gostam de consumir entretenimento. Afinal, estamos falando de um fenômeno da cultura pop. Mesmo quem não gosta sabe quem é o teioso. Os 60 anos do Homem-Aranha mostram como a criatividade levou o personagem a todas as plataformas possíveis. Este é um herói que prevalece e deve prevalecer por, pelo menos, mais uns 100 anos. E nós continuaremos a prestigiá-lo sempre que possível. Veja também: Acesse também outros conteúdos relacionados no Showmetech. Relembre a trajetória do fenômeno Mario Kart.

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